Aos 22 anos, Camila Florindo D’Avila, desapareceu por três meses após ser sequestrada em Araquari. Sua irmã mais velha, Ester Florindo, de 27 anos, sofreu um acidente dramático na mesma cidade.

Ester foi salva pelo namorado usando o cadarço de um tênis depois de cair de uma ponte. Durante o resgate, pendurada pela corda, ela pensou em Camila, que na época estava desaparecida.

Infelizmente, Camila foi encontrada sem vida na última terça-feira (14) em uma cidade do interior do Paraná, conforme reportado pelo g1 SC.

O acidente de Ester durante o Natal

O acidente com Ester aconteceu na quarta-feira de Natal, 25 de dezembro de 2024.

Enquanto explorava uma trilha em Araquari, ela tentou tirar uma foto e acabou caindo no Rio Paraty. Para evitar que a correnteza a levasse, seu namorado a segurou com um cadarço.

Aguardando o resgate, Ester temeu não sobreviver e pensou em seus pais, já abalados pelo desaparecimento de Camila.

Minha irmã sumiu de forma misteriosa e até agora não temos informações concretas sobre o que aconteceu. Recentemente, enviei uma mensagem para minha mãe no dia 25 de dezembro desejando um Feliz Natal, e ela respondeu que não havia Natal, pois estava faltando alguém. Fui fazer uma trilha e, no meio do desespero, pensei na minha irmã, nos meus pais e na possibilidade de algo acontecer comigo relatou Ester ao portal g1 na época do ocorrido.

Ester foi resgatada pelo namorado e pelos bombeiros militares, que enfrentaram dificuldades para acessar o local apenas a pé pela linha férrea até a ponte. Os socorristas chegaram ao local, entraram na água e conseguiram salvar Ester.

Sequestro e morte de Camila

Quando Ester sofreu o acidente, a família já lidava com o desaparecimento de Camila. Ela foi sequestrada por homens na noite de 8 de outubro de 2024.

A investigação da Polícia Civil revelou que ela foi levada ao invés do namorado, que conseguiu fugir do local e “deixou ela para trás”, segundo declarou o delegado Rafaello Ross.

“Ele (marido de Camila) faz parte de uma organização criminosa e parece que havia uma disputa interna que visava retirá-lo do poder e eliminá-lo, mas ele escapou”, explicou o delegado Neto Gattaz.

Após o sequestro em Araquari, os criminosos levaram Camila para Curitiba e decidiram matá-la como uma “queima de arquivo”.

A Polícia Civil descobriu que houve discussão entre os criminosos sobre devolvê-la ou não, culminando na morte de um dos suspeitos.

De Curitiba, ela foi levada para Ibaiti, onde foi assassinada com um tiro dois dias após o sequestro. Seu corpo foi encontrado em uma cova numa plantação de eucalipto.

Oito suspeitos foram identificados no caso; cinco estão presos, dois foragidos e um foi morto. Um ainda está sendo investigado para coletar provas da sua participação.

As prisões ocorreram em dezembro nas cidades de São Francisco do Sul e nos municípios paranaenses de Curitiba, Norte Pioneiro e Foz do Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos já possuíam histórico criminal incluindo homicídios.

A polícia suspeita que os foragidos possam ter cruzado a fronteira com o Paraguai. O delegado responsável pelo caso afirmou que as investigações prosseguirão e a Interpol será acionada para ajudar na busca pelos fugitivos. O marido de Camila também está foragido e não foi visto desde o sequestro.

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