Julia Dalavia, a Guta de “Pantanal”, vê muitas semelhanças com sua personagem do horário nobre, desde a preferência por uma moda mais confortável – ela também é fã de regatinhas – até os pensamentos e falas mais empoderadas e políticas.
Em entrevista durante um evento de moda no Rio, a atriz declarou que se considera bastante feminista e se posicionou politicamente, justificando seu voto em Lula (PT) nas próximas eleições.
“Sou uma pessoa de esquerda e acho importante dizer isso, me posicionar. Voto no Lula por acreditar que estamos em um momento importante e decisivo para o nosso país. Estamos prestes a viver uma grande mudança positiva”, afirma.
Julia continua: “Tenho medo, sim, do Lula não ser eleito. Não podemos continuar com essa estagnação, e falo isso, principalmente pela área cultural, somos muito prejudicados.”
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Ao falar de feminismo, a atriz explica: “Tem dias que quero gritar e me colocar de uma forma mais incisiva, mas há outros dias que não estou com saco para falar qualquer coisa, e está tudo bem também.”
“Já fui mais incisiva”
Na novela, Guta é bastante provocativa e levanta muitas questões, especialmente com o pai, Tenório, vivido por Murilo Benício. Fora das telinhas, Julia diz admirar a atitude e força da personagem.
“Já fui muito incisiva também, mas aprendi a dialogar. É importante a forma como você fala, e como você é ouvido. É preciso ter um cuidado para que a comunicação aconteça. Hoje consigo ser mais ouvida pela minha família e amigos”, diz.
“Sou fã de regatinhas”
No remake de “Pantanal”, a personagem de Julia Dalavia ganhou o apelido de “Guta regatinha” nas redes sociais. A peça faz parte do dia a dia da jovem, e também está presente no armário da atriz.
“A minha relação com a moda é sobre conforto. Já fui hippie, meio roqueira, e hoje me encontro num estilo mais básico. Tipo uma regatinha branca, mesmo. A Guta ainda tem uma atitude meio roqueira, mas eu vou para o clássico”, conta.
Na reta final da trama, Julia avalia a personagem:
“Foi uma delícia fazer a Guta. Ela diz muita coisa que é próxima da gente. Não é uma personagem perfeita. Tem discursos que não consegue seguir alinhada a eles, mas acho que ela é muito próxima da mulher moderna.”