O líder religioso de uma igreja em Porto Velho foi preso ontem (17), suspeito de armazenar imagens de abuso sexual infantil em seu celular, incluindo um vídeo em que um bebê de menos de um ano é violentado.
O homem, que não foi identificado pela Polícia Federal, costumava adquirir e compartilhar o material em grupos do Whatsapp e Telegram. Em uma das conversas, um dos membros da comunidade chega a dizer que o investigado é “uma máquina de pornografia”.
O religioso virou alvo de investigação em março deste ano, após denúncias à PF de uma ONG (Organização Não Governamental) dos Estados Unidos.
Com “indícios robustos” de que o homem havia cometido crimes sexuais contra crianças e adolescentes, a corporação pediu a quebra do sigilo telefônico do suspeito, conseguindo provas dos crimes que levaram à prisão preventiva dele, em uma operação apelidada de “Fallen Angel” — Anjo Caído, em português — que, segundo a teologia protestante e católica, é o anjo que acaba se entregando “às trevas e ao pecado” e é expulso do paraíso.
Além da prisão, também foram executados dois pedidos de busca e apreensão em residências na capital de Rondônia, também na manhã de hoje. O aparelho celular do suspeito foi apreendido e deve passar por perícia.
Ele pode responder por estupro de vulnerável e produção, compartilhamento e armazenamento de conteúdo relacionado à pornografia infantil, com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão.
O líder religioso será encaminhado ao presídio em Porto Velho, onde ficará à disposição da Justiça.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.