Isabelly Oliveira Assunção, acusada de matar sua enteada de três anos, teria utilizado brinquedos e um banco para facilitar o afogamento da menina em uma máquina de lavar. Esta acusação foi formalizada pelo Ministério Público do Paraná e aceita pela Justiça.

O crime ocorreu em maio de 2022, na véspera do Dia das Mães. A criança, que normalmente residia com sua mãe, estava passando o fim de semana com o pai, que estava ausente por motivos de trabalho no momento do crime.

Detalhes da denúncia

De acordo com o Ministério Público, Isabelly “previu e assumiu conscientemente o risco de causar a morte da vítima”.

O processo segue em segredo de Justiça, mas alguns detalhes foram divulgados pela RPC Cascavel. Segundo os documentos, Isabelly:

  • Colocou um banco de plástico em frente à máquina cheia d’água;
  • Inseriu brinquedos da menina dentro da máquina;
  • Auxiliou a criança a subir no banco para alcançar os objetos na água;
  • Se ausentou da lavanderia, deixando a menina sozinha tempo suficiente para ocorrer a tragédia.

A acusação sugere que o ato foi motivado por ciúmes e possessividade em relação ao pai da criança, afetando negativamente a relação dele com a mãe da menina.

Suzana Dazar enfrenta acusações de homicídio doloso, asfixia, e violência doméstica e familiar. A Justiça aceitou a denúncia em 14 de janeiro.

O posicionamento da defesa

Os advogados de Suzana argumentam que a acusação é exagerada e que o ocorrido foi um “acidente”. Eles destacam que não há evidências de intenção homicida por parte de Suzana.

Paulo Hara Júnior e Suelane Gundim, advogados da acusada, questionam a presunção de culpa pelo fato dela ser madrasta.

A defesa da mãe biológica insiste que Suzana preparou intencionalmente a cena do crime.

“Ela organizou toda uma situação para que o crime acontecesse”, afirmou Alexander Beilner, advogado da mãe.

Crime por motivo torpe

O Ministério Público classificou o crime como motivado por razões torpes, incluindo ciúmes e possessividade. A morte foi categorizada como “asfixia mecânica interna (afogamento)” e enquadrada como violência doméstica e familiar.

“O crime foi praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar”, destaca um trecho da denúncia.

Agora, a defesa tem dez dias para responder à acusação antes que o juiz decida se mantém a acusação como homicídio com dolo eventual ou se altera os termos da denúncia.

Relembre o crime

O crime ocorreu no dia 7 de maio. Na ocasião, a Polícia Militar relatou que a menina morreu afogada após cair dentro da máquina de lavar.

Foi Suzana quem encontrou a criança e solicitou ajuda. Vizinhos chamaram o Samu e os bombeiros locais, que tentaram reanimar a menina sem sucesso.

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