Sem querer ceder a guarda ao pai, mãe mata o filho de apenas 6 anos e polícia suspeita de surto psicótico.
Um menino de apenas 6 anos, chamado Thiago Jr., foi morto pela própria mãe na zona rural de Salesópolis, no interior de São Paulo. O caso aconteceu na madrugada do dia 8 de outubro, quando a mulher não quis ceder a guarda do menino ao pai, que também chegou a ser agredido por ela na ocasião.
De acordo com o R7, na noite do crime, o pai da criança foi até a casa deles buscar o menino, enquanto a mãe dormia. Entretanto, a mulher acabou acordando e os dois começaram a brigar. Antes de matar o filho, a mãe agrediu e tirou as roupas do homem, que não conseguiu socorrer Thiaguinho, apelido pelo qual o garoto era chamado.
O corpo da criança foi encontrado pelos policiais em uma área de mata, na Estrada do Bracaia, durante a madrugada, por volta de 1h30 da manhã. Os vizinhos foram os responsáveis por acionar a polícia, que chegaram na casa da mulher e encontraram tudo revirado, mas a mãe do garoto já não estava mais no local.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a mãe matou o filho com um pedaço de pau, no qual ficou com vários hematomas e lesões por todo o corpo. Além disso, o menor também estava com perfurações na garganta e no ânus. De acordo com os vizinhos da família, a mãe dava gargalhadas enquanto o filho pedia socorro.
Sara, Thiago e Thiago Jr. formavam o que todos imaginavam ser uma família feliz, entretanto, o advogado do pai do menino confirmou que o casal estava em processo de separação. Ao chegar à delegacia, o pai prestou seu depoimento, mas não quis dar entrevista. E como uma forma de homenagear a criança, os vizinhos do bairro organizaram uma passeata pela cidade.
Segundo o G1, pela manhã, a Polícia Militar trabalhava no local onde Thiaguinho foi encontrado. Segundo o tenente Charles Silva, do 17º BPM, os policiais foram acionados na madrugada para atender uma ocorrência de violência doméstica. O tenente disse que os pais do menino entraram em uma luta corporal, e o homem foi socorrido por amigos, enquanto a mulher pegou o filho e o levou para a mata.
Ainda segundo o G1, um vizinho e amigo da família, que não quis se identificar, presenciou toda a cena e contou que tentava ajudar o pai a tirar a criança da casa junto ao Conselho Tutelar. O vizinho disse que, ao chegar no local, o carro do homem estava com os faróis acesos, as portas abertas e o motor ligado. Por causa de um problema nos joelhos, o vizinho não pôde descer na estrada íngreme, e ficou esperando o genro, sua mulher e a filha irem atender o pedido de socorro do pai, que estava caído na beira da estrada, completamente nu, com vários hematomas no corpo.
Direitos autorais: Reprodução / TV Diário
Durante as negociações sobre a separação e guarda do menino, o pai recebeu orientações do Conselho Tutelar que disse para ele tirar a criança de casa enquanto a mulher dormia. Assim, na tentativa de conseguir ficar com o filho, o homem o pegou durante a noite, e já estava com ele no carro quando Sara acordou e começou a agredi-lo. Depois de um surto psicótico, a mulher pegou o filho de 6 anos e o levou até o meio da mata, onde matou a criança com várias perfurações pelo corpo.
Conforme informações do G1, cães farejadores e duas equipes do Comando de Operações Especiais (COE) buscaram a suspeita, e no final da manhã, foi encontrada em casa, ainda em surto psicótico. A mulher suspeita de matar o filho de 6 anos foi presa e encaminhada para a Cadeia Feminina de Itaquaquecetuba na tarde do dia 8 de outubro.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.