A Polícia Civil em São Vicente, no litoral de São Paulo, prendeu, na noite desta quarta-feira (5), a mulher suspeita de agredir brutalmente o próprio filho, de quatro anos, junto com o companheiro.

A mãe agrediu o filho, de 4 anos, de maneira brutal. Padrasto da criança participou.

No último dia 28 de setembro, um menino de quatro anos sofreu graves agressões de sua mãe e padrasto, em São Vicente, litoral de São Paulo.

Conforme apurado pelo G1, o menino morava com o pai, junto a outros dois filhos. No entanto, ele recentemente perdeu a sua esposa para o câncer, o que o abalou profundamente. Para ajudá-lo a lidar com a perda, a mãe do menino, sua ex-mulher, disse que ficaria com as crianças por um tempo. Foi durante esse período que o menino sofreu as agressões.

Após o episódio de agressão, o padrasto teria levado a criança para a casa de seus pais, e de lá ele foi encaminhado para o hospital. A mulher fugiu após o crime, se escondendo por uns dias na cidade de Itanhaém.

“A mãe do padrasto falou que o filho dela tinha aparecido na casa da família com o menino enrolado em um lençol, e disse que ele [o menino] estava muito mal”, contou Valdelice Alves, conselheira tutelar Valdelice Alves, ao G1.

O menino estava em situação bastante delicada, com hipotermia. Reanimado no hospital, ele teve oito costelas e um braço fraturados. No hospital, ele também contou o que havia acontecido, para as enfermeiras.  “Ele contou que a mãe bateu nele e depois colocou ele no banho gelado”, relatou a conselheira.

Direitos autorais: Arquivo Pessoal

Após as agressões, a mãe teria gravado um vídeo dela conversando com o filho. O menino estava encostado em uma parede, despido e visivelmente machucado. Levantando suspeitas de que o episódio teria sido motivado por bagunças, ela diz ao filho: “Tá rangindo tu? Tu tá rangindo e tá virando a cabeça? Dentro da minha casa você não vai fazer bagunça. Você não vai fazer bagunça (sic)“.

O pai foi acionado pelos profissionais, e ao chegar no hospital o filho reagiu positivamente. Por conta disso, foi decidido deixar o menino novamente com ele. O Ministério Público foi informado do caso, mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a delegada da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de São Vicente não falará sobre o caso, porque se trata de uma situação envolvendo um menor de idade.

Prisão da morte e morte do padrasto

A mãe do menino, conforme informado pelo G1, havia se escondido em Itanhaém, também na Baixada Santista, mas foi encontrada por policiais do 2º DP de São Vicente. No momento da prisão, ela estava na casa de familiares, e não resistiu à prisão, que aconteceu  na noite do dia 5 de outubro após a 1ª Vara Criminal do Foro de São Vicente expedir o mandado de prisão.

No pedido de prisão de Julia Cristina Pereira, como foi identificada a mãe do menino, é informado que ela seria a responsável pelas agressões junto ao companheiro. No documento, o juiz argumenta que “há fortes indícios da autoria dos crimes pela averiguada [mãe], em especial pelas declarações das Conselheiras Tutelares, filmagens e relatório de investigação policial”.

Como o crime cometido por ela foi classificado como “gravíssimo”, foi determinado que ela deveria ser encontrada o quanto antes Segundo as autoridades.

O Ministério Público também desenvolveu um perfil comportamental da mulher baseado em suas atitudes. Segundo o Ministério, “a forma como o crime foi praticado, bem como seus motivos, denotam que Júlia é uma pessoa de índole violenta e perigosa, capaz de agredir de forma cruel o próprio filho, criança em tenra idade“. Levando esse perfil em consideração, foi pontuado como necessário fazer a prisão para evitar a “reiteração dessas supostas práticas lesivas“.

O padrasto do menino, por sua vez, foi encontrado morto. A polícia divulgou que o motivo da morte está relacionado às agressões ao enteado.


Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.

O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.

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Luiza Fletcher
Redatora do site O Amor, onde sua missão é promover a reflexão e ajudar a aproximar as pessoas do amor verdadeiro, em todas as suas formas. Também escreve para o site O Segredo, um dos maiores portais do Brasil sobre desenvolvimento pessoal. Sua missão é buscar assuntos que nos inspirem a ser uma versão melhor de nós mesmos.

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