Na última sexta-feira, Kathelen Tavares enfrentou um momento extremamente perturbador no Hospital Municipal Mariska Ribeiro, localizado em Bangu, Rio de Janeiro.

Esperando dar à luz gêmeas, ela foi surpreendida ao receber apenas um bebê após o parto. Kathelen, que já é mãe de gêmeas, afirmou que todos os exames e documentos anteriores confirmavam uma gestação gemelar; contudo, o hospital contesta essa afirmação. A Polícia Civil está investigando o caso.

O que aconteceu?

Em uma entrevista concedida à Rede Globo, Kathelen contou que o parto estava marcado para sábado, 29 de outubro, mas acabou ocorrendo um dia antes devido ao rompimento prematuro da bolsa.

Devido à emergência, ela teve que ir sozinha para a sala de cirurgia. Seus familiares só chegaram horas depois do procedimento.

“Fui levada para a sala de cirurgia, instruída a preparar roupas para dois bebês. Recebi anestesia e, após ouvir o choro de um bebê e sentir colocarem-no sobre mim, disse que não suportava mais. Então, me informaram que não havia outro bebê”, relatou.

Os registros indicam que Kathelen realizou dez consultas de pré-natal na Clínica Família e fez ultrassonografias no local.

Em todas essas ocasiões, os exames mostravam dois fetos com batimentos cardíacos distintos e tamanhos de fêmur diferentes. Atualmente, ela busca explicações sobre o paradeiro do outro bebê que, segundo os médicos, “não existia”.

O que alega o hospital?

A família registrou a ocorrência na 34ª DP de Bangu. A delegacia está analisando os documentos do hospital e as gravações das câmeras de segurança.

Segundo depoimento da prefeitura do Rio de Janeiro, durante a cesariana foi constatada a presença de apenas um bebê. Afirmaram também que Kathelen possuía uma única placenta e um cordão umbilical, sem indícios de outros fetos.

Em entrevista ao Bom Dia Rio, Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio, esclareceu que houve um equívoco no primeiro ultrassom envolvendo o saco gestacional e o cardiotoco — um exame que detecta os batimentos cardíacos do feto.

“A pessoa responsável pelo exame detectou batimentos em dois pontos diferentes do abdômen”, explicou ele.

A equipe médica e de enfermagem que participou do parto será ouvida nos próximos dias para esclarecer os detalhes deste complexo caso.

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