Por Marido e sogro da cabeleireira ainda não foram localizados.
Oito pessoas da mesma família desapareceram no Distrito Federal. A cabeleireira Elizamar Silva e seus três filhos estão entre as vítimas.
Segundo o portal Terra, um dos suspeitos capturados prestou depoimento à Polícia Civil alegando ter sido contratado por Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, marido da profissional, e seu sogro, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, para executar a família.
Informações trazidas pelo Metrópoles apontam que a informação teria sido confirmada por Ricardo Viana, delegado-chefe da 6ª DP (Paranoá), na noite de terça-feira (17), durante coletiva de imprensa. A motivação do crime seria uma grande quantia financeira, que pertencia tanto à Elizamar como Renata, esposa de Marcos, conforme informado pela autoridade.
Logo depois de ter a prisão decretada, Horácio Carlos Ferreira Barbosa (49), revelou em depoimento aos policiais que Thiago teria encomendado a morte da esposa com a oferta de R$100 mil, ficando encarregado de atrair a cabeleireira para a residência do pai, na região do Paranoá.
Porém, quando a mulher chegou no local, o homem percebeu que o trio de herdeiros estaria junto com ela, e os planos mudaram. Foi aí que o marido os tirou daquele lugar, amordaçando a todos.
Ele teria tentado tranquilizar as crianças, mas no momento em que a situação teria saído completamente do controle, decidiu asfixiar as quatro pessoas. Gabriela Belchior de Oliveira (25) e Renata Juliene Belchior (52), irmã e mãe de Thiago, foram mantidas em cativeiro pelos autores do crime.
Marcos, por sua vez, teria furtado os aparelhos celulares tanto da mulher como da esposa, chegando a se passar por cada uma delas, inclusive respondendo mensagens em aplicativos de bate-papo. Elas eram ameaçadas com frequência e estavam vendadas. Ambos os corpos, a princípio, seriam os dois encontrados dentro de um automóvel, em Unaí (MG).
Direitos autorais: Divulgação/Polícia Civil
Desdobramentos do caso
Se antes eram classificados como desaparecidos, agora os mandantes envolvidos no caso, foram considerados suspeitos. Imagens de segurança foram recuperadas pelos policiais e mostram exatamente o momento em que Gideon Batista de Menezes (55), compra um galão de gasolina. Vale ressaltar que ele foi o primeiro homem preso. Autoridades suspeitam que o produto fosse para queimar o corpo da cabeleireira e dos três filhos.
O delegado Viana pontua que Horácio teria relatado que Thiago e Marcos encomendaram ele e Gideon para cometerem os crimes. Na ocasião, teria recebido R$100 mil. Desse valor, R$15 mil que seria de pagamento, foi apreendido.
Anteriormente, Thiago e Marcos estavam desaparecidos mas atualmente, são considerados como suspeitos. A polícia trabalha com a possibilidade da dupla ter fugido com uma mulher chamada Cláudia, que supostamente seria amante do sogro de Elizamar Silva, e sua filha Ana Beatriz.
As execuções foram motivadas pela venda do terreno de Renata, no valor de R$400 mil, e R$100 mil que eram da cabeleireira. No entanto, este montante foi utilizado para pagar os bandidos. Caso segue sob investigação
Relembre o ocorrido
O filho mais velho de Elizamar, de 39 anos, comunicou o sumiço da mãe na sede da 33ª DP (Santa Maria) no sábado (14), dando início às investigações. Vítima saiu em seu veículo, acompanhada dos filhos, sendo uma criança de sete anos e um casal de gêmeos, de seis, que também foram dados como desaparecidos.
Sua última aparição foi na madrugada de sexta-feira (13) na região do Itapoã e Lago Paranoá, quando estava saindo do condomínio onde a sogra reside. Seu carro foi localizado na manhã do mesmo dia completamente carbonizado, com quatro cadáveres também queimados no interior, em uma rodovia estadual de Cristalina (GO).
Já na noite de domingo (15), outro boletim de ocorrência foi registrado na sede da 33ª DP, com o objetivo de noticiar o desaparecimento de mais quatro pessoas da família. Seriam o parceiro de Elizamar, de 30 anos; seu pai (54); a mãe (52) e a irmã (25). O carro do sogro da cabeleireira foi localizado carbonizado no interior de Minas Gerais, onde teriam sido encontrados dois cadáveres, já carbonizados.
Se você presenciar um episódio de violência doméstica ou familiar, e sentir que as vítimas estão correndo risco imediato, acione a polícia pelo 190.
Se tratando de casos não emergenciais, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre mulheres, pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
O que você achou do texto?
