Por O menino sírio de 3 anos foi resgatado em prédio na Turquia e imagens percorreram o mundo.
O refugiado sírio Muhammed Ahmed, de apenas 3 anos, foi resgatado no último dia 7 sob os escombros de um prédio em em Hatay, no sul da Turquia.
A região central do país e o norte da Síria foram atingidos por um tremor de magnitude 7,8. O tremor durou um minuto mas foi seguido de mais de 90 réplicas, devastando os locais por onde passou.
Foi gravado um vídeo de resgate do menino, onde é possível vê-lo tomando água em uma tampa de garrafa momentos antes de ser retirado dos destroços. Ele foi resgatado quase 45 horas após o terremoto.
O prefeito de Istambul, Ekrem İmamoğlu, usou as redes sociais para comemorar o resgate da criança: “Parabéns, Muhammed. Nossa equipe resgatou o sírio Muhammed Ahmed dos escombros em Antakya”, escreveu.
O grande terremoto causou uma grande destruição nos dois países. Segundo informações da CNN, já são mais 45 mil vítimas, e a expectativa é que os números aumentem por conta da grande quantidade de pessoas desaparecidas.
Algumas histórias de resgate têm se destacado durante esse período tão conturbado nos dois países. Alguns trabalhadores do Quirguistão fizeram um esforço para salvar cinco pessoas da mesma família que estava presas em escombros de Antakya doze dias após o terremoto.
Das cinco pessoas, três foram resgatadas com vida. Uma criança morreu de desidratação e os outros dois filhos do casal também não sobreviveram.
Um homem na faixa dos 40 anos chamado de Hakan Yasinoglu, foi resgatado com vida 278 horas na província de Hatay.
Osman Halebiye, 14, e Mustafa Avci, 34, também foram resgatado em Antakya.
Diversas equipes de resgate de outros países foram enviadas à Tuquia e Síria para ajudar nos resgates. Muitas já estão deixando os países, mas as equipes nacionais seguem empenhadas, procurando por pessoas vivas em edifícios destruídos.
Sua esperança é de encontrar verdadeiros milagres, visto que de acordo com especialistas, na maioria dos resgates ocorre nas 24 horas seguintes a um terremoto.
Na Síria, que segundo a CNN já enfrentava uma guerra civil há mais de 10 anos, o maior número de mortes se concentrou no noroeste do país, área dominada por
Na vizinha Síria, já abalada por mais de uma década de guerra civil, a maior parte das mortes ocorreu no noroeste, uma área controlada pessoas que estão em guerra com o presidente Bashar al-Assad.
O conflito, inclusive, dificultou a ajuda às vítimas do terremoto que vivem na região.
Ainda não foi informado por ambos os países o número total de pessoas desaparecidas após a tragédia.
No meio de toda essa tragédia, a população busca encontrar culpados pelo tamanho do estrago e também pelas mortes.
As famílias turcas que ainda esperam encontrar seus familiares vivos acreditam que a falha no desenvolvimento urbano aliada com práticas corruptas na construções foram os responsáveis pela destruição de tantas empresas em casas.
O edifício Ronesans Rezidans, por exemplo, tombou em Antakya vitimando centenas de pessoas. A obra era da época renascentista.
Hamza Alpaslan, irmão de uma das vítimas que viviam no prédio, contestou a afirmação de que a construção era à prova de terremotos, após a tragédia. Ele disse que não havia nem cimento e nem ferro de verdade no prédio.
A Turquia prometeu que fará investigações a quaisquer pessoas suspeitas de responsabilidade pelo desabamento de edifícios, e até o momento mais de 100 suspeitos, incluindo construtores, já foram detidos.
As organizações de ajuda humanitária que atuam nas regiões afetadas informaram que por conta das infraestruturas cruciais destruídas, os sobreviventes precisarão por meses.
A ONU já estava fazendo a sua parte, apelando por mais de 1 bilhão de dólares em fundos para a operação de socorro, e também fez um apelo de 400 milhões de dólares para os sírios.
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