A motorista de aplicativo era professora de matemática e fazia corridas para obter uma renda extra.
A motorista de aplicativo encontrada morta na manhã do dia 13 de outubro, na zona rural de Olímpia, interior de São Paulo, era professora de matemática, segundo informações do R7. A mulher, chamada Hortência Lourenço Dias, tinha 38 anos e trabalhava à noite como motorista de aplicativo para conseguir uma renda extra.
De acordo com as informações, a mulher estava desaparecida desde o dia 12 de outubro, após uma corrida. Por volta das 22h, Hortência parou de responder as mensagens do seu celular e logo depois, desapareceu. Somente no dia seguinte que ela foi encontrada por um morador da região, em uma estrada na área rural, com feridas nas costas e na cabeça. A professora de matemática deixa dois filhos, um adolescente, de 17 anos, e uma menina, de apenas 7 anos.
Durante o dia, a mulher atuava como professora dando aulas, e à noite, virava motorista de aplicativo para complementar a renda do mês. Ainda segundo o R7, o pai de Hortência, que preferiu não ter o nome divulgado, não gostava que a filha trabalhasse à noite, por ser muito perigoso e ter muitos assaltos, mas ela sempre falava que a noite as corridas eram mais tranquilas. Foi ele quem reconheceu o corpo da filha, por meio de uma fotografia.
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Segundo a polícia, os oficiais acreditam que o assassinato não tenha sido na chamada “Estrada de Campo Alegre”, onde ela foi encontrada, mas em outro lugar. Eles acreditam que o corpo da motorista tenha sido levado para a estrada. Além disso, como o carro, a carteira e o celular da mulher foram levados, a polícia trata o caso como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A vítima não tinha sinais de estupro, apenas algumas feridas na cabeça e nas costas, e a causa do óbito não foi divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML). A polícia segue as investigações do caso.
Prisão temporária
De acordo com o G1, a polícia prendeu temporariamente dois homens e um adolescente, suspeitos de participar do latrocínio de Hortência Lourenço Dias. O delegado do caso, Rodrigo Souza Ferreira, disse que o primeiro suspeito de participar do crime foi preso na sexta-feira do dia 14, em um bairro de Pirangi (SP), chamado Jardim Pedregulho.
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Em depoimento à Polícia Civil, o homem detalhou o latrocínio, indicando a participação dos outros comparsas. Além disso, ele também revelou que a motorista de aplicativo teria sido enforcada, agredida e golpeada com uma caneta.
Direitos autorais: Reprodução Facebook / Hortência Lourenço Dias
Ainda segundo o delegado Rodrigo Souza Ferreira disse que os outros dois suspeitos de envolvimento no crime foram levados até a delegacia no dia 15 de outubro. Por fim, os maiores de idade foram encaminhados para cadeias da região de Olímpia, enquanto o adolescente foi levado até a Fundação Casa, onde ele poderá cumprir algumas medidas, como a prestação de serviços à comunidade, internação em estabelecimento educacional, onde o adolescente tem a privação da liberdade, e outras medidas.
Depoimento
Segundo o depoimento do primeiro suspeito a ser preso, o homem confessou que entrou em contato com Hortência, solicitando uma corrida para o bairro Quinta das Aroeiras, em São Paulo. Após aceitar e iniciar a corrida, um dos criminosos aplicou um “mata-leão” na vítima, deixando-a no banco traseiro do carro. Em seguida, outro suspeito assumiu a direção do veículo, seguindo até o bairro Campo Alegre.
Depois de agredirem a mulher e desferir golpes com ajuda de uma caneta, os três roubaram o carro da motorista de aplicativo, com o objetivo de vendê-lo. Entretanto, o veículo foi encontrado abandonado em uma rua de Pirangi e a caneta foi apreendida para ser periciada.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.