A recepcionista Jéssica Magalhães, de 29 anos, denuncia descaso e suspeita de erro médico com a filha, de 4 anos, no Hospital Regional, em Campo Grande (MS).

A criança sofreu parada cardiorrespiratória durante procedimento e está sem enxergar e andar.

Jéssica precisou internar a filha em 31 de agosto, com sinais de infecção, após várias consultas em outras unidades de saúde.

No Hospital Regional foi confirmado que a criança tinha derrame pleural (acúmulo de líquido que lubrifica o órgão). A mãe já tinha suspeitas que a filha poderia ter outros problemas, mas não teria sido ouvida.

Em 1º de setembro, a pequena fez cirurgia para inserir um dreno e retirar o líquido dos pulmões. Durante todo o tempo que sofreu o procedimento e também depois, a menina apresentava febre.

A mãe diz que foi preciso nova colocação de dreno (o que é complexo e doloroso para uma criança), pois o médico disse que ainda havia líquido no pulmão. ”Se tinha líquido, por que tirou o dreno?’‘, questionou a mãe ao relatar a angústia vivida durante a internação.

Na manhã do dia 18 de setembro, a menina colocou o dreno novamente e foi aí que veio o pior. ”Depois de voltar da cirurgia, ela reclamava do acesso central, as veias estavam saltadas, mas o médico falou que ‘doía’ mesmo”, contou Jéssica.

A criança apresentou vômitos e ficou pálida e, depois de alguns dias, precisou ser intubada. Ela teria sofrido choque séptico e convulsionado até ocorrer parada cardiorrespiratória, por causa do problema pulmonar, disse o médico.

”Intubaram ela… tentaram desintubar… quando ela acordou e extubaram, não estava andando, nem falando. Fiquei abismada”, relembrou a mulher sobre a situação da criança. Ela suspeita que foi na segunda colocação do dreno que a filha sofreu complicações.

Antes mesmo da segunda colocação do dreno, o médico pediu exames e diagnosticou a paciente com encefalite.

”Desde a segunda drenagem, ela já poderia estar com esse vírus na cabeça”, refletiu a recepcionista.

A família, que mora no Coophavilla II, diz ter saído do hospital dia 30 de outubro, sem encaminhamento para oftalmologista, pois a pequena não mantinha contato visual. A menina está em casa, mas depende de sonda, fraldas e ainda sem contato visual.

Descaso

A mãe da menina questiona outras situações, que classifica como descaso. Ela citou um momento onde a pequena vomitou e ela teve de fazer a limpeza. ”… e eu socorri, se não ela teria broncoaspirado”, lamentou a mãe da criança, mais uma vez.

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Também teria havido situação de uma enfermeira que esqueceu o tubo de água ligado e afogou a filha. Isso teria ocorrido entre os dias 20 e 26 de outubro.

A mulher diz ter procurado a assistente social do hospital, mas não gostou da explicação.

”Falou que eu estava depressiva… eu falei: ‘tô há quase 60 dias e você diz que eu estou depressiva?”, desabafou Magalhães.

A próxima consulta está marcada para o dia 28 de novembro. Entramos em contato com o HR e aguardamos resposta.

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