Por Ah, o primeiro encontro: sempre marcado por frio na barriga e expectativas à flor da pele. Ainda que não engatem em um relacionamento, algumas mulheres preferem tomar medidas de segurança cabíveis.
Hoje em dia, tornou-se cada vez mais comum ver notícias de moças que foram estupradas, mortas ou agredidas ao saírem pela primeira vez com alguém que conheceram por algum aplicativo de paquera.
Sites como Google, LinkedIn, JusBrasil e outras redes sociais são bastante utilizadas para ficar por dentro da vida pessoal desses rapazes. Inclusive, alguns são até comprometidos e fingem estar solteiros na tentativa de sair com pessoas novas.
Pensando nisso, há quem prefira se prevenir e pesquisar o histórico de alguns homens, a fim de evitar surpresas desagradáveis ou episódios violentos, como os que acometeram vítimas que nem sequer tiveram a chance de se defender.
Jovem viaja do Pará ao RS para conhecer namorado virtual e é morta por ele
De acordo com o UOL, uma jovem de 21 anos foi executada pelo seu namorado ao chegar no Rio Grande do Sul para conhecê-lo presencialmente. As informações são da polícia! Ela estava vindo do Pará.
Laila Vitória Rocha conheceu André Vilela, de 37, nas redes sociais. O nome usado por ele era “Victor Samedi”. Ela viajou cerca de 3,5 mil km de Parauapebas, interior do Pará, a Porto Alegre, no final de janeiro para enfim se encontrarem.
No último domingo (25), ambos estavam na residência de Victor quando os vizinhos escutaram dois disparos oriundos de arma de fogo e gritos. Foi aí que acionaram os policiais, responsáveis por encontrar a mulher morta com parte de seu corpo já carbonizado em uma lareira.
Direitos autorais: Reprodução/ Facebook
Importante dizer que a passagem de Laila de volta para casa já estava comprada, e alguns amigos tinham conhecimento de que ela era agredida no relacionamento. Haviam marcas por todo seu corpo, indicando sinais de luta.
Laila estava com passagem de volta para casa comprada e já tinha relatado para amigos que sofria agressões no relacionamento. O corpo dela foi encontrado com marcas que sinalizam luta corporal.
O caso chocou a todos e demonstra a importância de ficar por dentro do passado e presente de uma pessoa que planeja conhecer na vida real. O suspeito é influenciador digital, com aproximadamente 30 mil seguidores nas plataformas que criava conteúdo. Ele usava tornozeleira eletrônica e respondia por três tentativas de homicídio.
André se definia como ‘necromante’ e anuncia qualquer tipo de trabalho. Alguns seguidores o chamam de mestre. Os trabalhos espirituais do rapaz custam a partir de R$300! A defesa alega que o caso ainda será esclarecido, e que a polícia divulgou os fatos por outra ótica.
Relatos
De acordo com o R7, uma advogada de 26 anos que costumava usar com frequência alguns aplicativos de relacionamento em São Paulo, relatou iniciar as conversas sempre pelo chat da ferramenta, sem informar seu número de WhatsApp aos pretendentes.
Direitos autorais: Freepik
Prefere stalkeá-los nas redes sociais e pesquisar os nomes do Google. Caso encontre algum processo criminal pelo JusBrasil, usa seu login de advogada para consultar os detalhes envolvendo um possível processo.
Ela também busca analisar o comportamento, além de averiguar antecedentes criminais, se houver. Para ela, existem alguns sinais de fala ou conduta que entregam facilmente a índole de alguém, antes de aceitar sair com qualquer um.
A profissional, especialista em direito da família, revela que alguns casos de violência doméstica acabam não indo para a frente porque a vítima faz o boletim de ocorrência, mas o caso não passa pelos trâmites judiciais.
Direitos autorais: Freepik
Se o homem tiver ex-mulher ou filhos, faz questão de descobrir como são essas relações e se existe em andamento alguma ação na Justiça capaz de provar se aquela pessoa está deixando de agir conforme o esperado.
Um fator importante é que alguns processos envolvendo a Vara de Família, por exemplo, tramitam em segredo judicial. Na prática, isso quer dizer que não é possível acessá-los em uma simples consulta pelo JusBrasil. Portanto, a atenção na maneira como a pessoa se comporta é crucial.
Todo cuidado é pouco
Uma servidora relatou ter descartado qualquer possibilidade de encontro com um homem em meados de fevereiro. Isso porque foram descobertos três processos por invasão a domicílio e violência doméstica contra ele, depois de uma consulta no site JusBrasil, sendo a última ação em 2017.
Ela reside no interior de São Paulo e comenta sobre um rapaz que conheceu enquanto se exercitava na academia. Em um certo dia, ele começou a puxar assunto com a mulher, passando a seguir seu perfil no Instagram, antes de convidá-la para sair durante o Carnaval.
Assim que teve acesso à profissão do homem e seu nome completo, fez uma busca na internet e ficou incrédula ao saber que corria o risco de passar por algum tipo de violência. Após um alerta se acender, ressalta que as mulheres precisam ter o hábito de procurar o máximo de informações que puderem. Isso certamente as ajudará a não entrar em ciladas maiores.
Dicas fundamentais
Além das dicas já citadas anteriormente, outra advogada mencionou em seu depoimento ao portal que não se deve marcar encontros diretamente em casa, ou no imóvel da pessoa. Ainda reitera que os mesmos podem ser marcados em locais públicos, por segurança.
Ao estagiar na Polícia Federal de São Paulo, a jovem passou a trabalhar de perto em funções de cunho investigativo. Por conta disso, olha tudo o que pode a respeito de alguém que esteja interessada, antes de sair com a pessoa.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
O que você achou do texto?
