O homem preso por suspeita de ter matado os quatro filhos teria asfixiado o mais novo e esfaqueado os mais velhos para garantir que estavam mortos.

Pai deve ser indiciado por homicídio quádruplo triplamente qualificado. Crianças tinham 3, 6, 8 e 11 anos.

David da Silva Lemos, de 28 anos, é o pai das quatro crianças mortas em Alvorada, região metropolitana do Rio Grande do Sul. O suspeito é acusado de ter matado os quatro filhos, sendo um deles por asfixia e os demais por esfaqueamento. Em depoimento, o suspeito teria alegado que cometeu o crime para garantir que todos estivessem mortos.

O suspeito estava separado da mãe das crianças e segundo familiares, esse teria sido o motivo principal para que ele cometesse o crime. Mesmo tentando fugir do local onde o crime foi cometido, David da Silva Lemos foi encontrado em um hotel no centro da capital, em Porto Alegre.

De acordo com o apurado pelo R7, o suspeito teria dado um chá para as crianças que terminaram ficando desacordadas. Somente depois disso que David da Silva Lemos teria matado os próprios filhos. Os corpos das crianças, já sem vida, teriam sido encontrados pela avó paterna ao chegar em casa.

A tia das crianças, Ana Guimarães Rosa, afirmou ao programa da TV Record, Balanço Geral, que o suspeito cometeu o crime porque não aceitava a separação de sua ex-mulher. “Ele se fazia de louco. Tentou uma vez se matar com remédio, porque a esposa não queria mais ficar com ele”, relatou Ana Guimarães Rosa.

 

O suspeito tinha guarda compartilhada com a mãe das crianças, de quem teria se separado em agosto deste ano (2022). David da Silva Lemos foi preso em flagrante pela Brigada Militar em um hotel no centro histórico em Porto Alegre. Segundo registros policiais, o suspeito estava na capital desde a última terça-feira (13/12) e foi encontrado agachado em uma sala nesta quarta-feira (14/12).

Durante o momento da prisão, o suspeito preferiu ficar em silêncio e não deu mais detalhes do ocorrido até chegar à delegacia, onde, informalmente ele teria informado que deu uma espécie de chá calmante para as crianças para que elas adormecessem.

As crianças de 11, 8, 6 e 3 anos teriam passado o fim de semana com o pai e devido a que elas não voltavam para casa na terça-feira (12), a mãe teria ido até a casa do suspeito para buscá-las, quando encontrou os corpos das vítimas. As vítimas são os irmãos Yasmin Antunes Lemos, de 11 anos; Donavan Antunes Lemos, de 8 anos; Giovanna Antunes Lemos, de 6 anos e Kimberly Antunes Lemos, de 3 anos.

Segundo o G1, David da Silva Lemos, de 28 anos, já tinha histórico de agressões. O casal estava junto há 12 anos e tinham se separado recentemente em agosto. Em setembro, ele teria agredido fisicamente a mãe das crianças. A mulher teria registrado um boletim de ocorrência e conseguido medida protetiva contra o ex-companheiro.

A Polícia Civil trabalha para saber quais foram os últimos diálogos entre o suspeito e sua ex-mulher, no último final de semana quando os filhos estavam na casa do suspeito, onde foram encontradas mortos.

O que se sabe sobre o caso

As quatro crianças assassinadas de 11, 8, 6 e 3 anos foram encontradas na casa do suspeito, que é o pai das vítimas, David da Silva Lemos, de 28 anos, em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Três das vítimas apresentavam marcas de facadas pelo corpo e a última teria marcas de ter sido asfixiada pelo suspeito. Segundo o G1, a polícia teria sido acionada por volta das 19h30 para atender a ocorrência, mas ao chegarem não local, as crianças já estariam sem vida.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Augusto Zenon, David da Silva Lemos teria enviado mensagens para sua ex-mulher e mãe das crianças em tom de ameaça. As mensagens não foram divulgadas pela polícia.

O suspeito teria dado alguma substância, que deverá ser apurada pela perícia, para as crianças e logo em seguida as matou. David da Silva Lemos, depois da chegada de um defensor público, preferiu manter silêncio e não deu detalhes sobre o incidente ocorrido.

Ele ia levando as crianças para casa. A criança dormia e ele sufocava a criança com o travesseiro. Isso foi feito na criança mais nova e nas maiores ele fez a mesma coisa e depois deu as facadas”, relatou o delegado Augusto Zenon.

A Polícia Civil deve ouvir os vizinhos e familiares para continuar a investigação e também quer saber qual foi o tipo de substância que o pai deu às vítimas para que elas dormissem. Mesmo não dando depoimento, o suspeito disse no momento da prisão que por ter tido desavenças com a ex-mulher, ele quis tentar causar um mal para ela, para tomar vingança pela separação.


Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.

O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.

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Jimena Bautista
Redatora dos sites O Segredo e O Amor. Escreve sobre reflexão, inspiração e boas notícias, incentivando a todos a se tornaram uma melhor versão de si mesmos.

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