Quem nunca soltou a frase “Você não consegue parar quieto?” para o filho? Certamente, não foram poucas vezes… Mas o fato, é que os pais podem até pedir, mas os pequenos simplesmente não conseguem parar! “Ela é muito agitada, tem sérios problemas para se concentrar.

Ela começa a fazer a lição e, quando vejo, está olhando pra parede, mexendo nos lápis, vai olhar TV, brincar com o irmão, então, é uma luta pra ela se concentrar somente em uma coisa. Até no cinema ela nunca fica até o final”, desabafa a secretária Patrícia Leandro dos Santos, 32, sobre a filha, Sophia, 7.

Enquanto para os adultos, é difícil entender porque os pequenos — como a Sophia —, não conseguem sossegar nem por um minuto, especialistas explicam que existe razão para isso, e ela está relacionada ao desenvolvimento.

O palestrante, educador parental e escritor australiano, Michael Grose, disse, em entrevista ao Kispot que “as crianças pequenas não são projetadas para ficarem sentadas por longos períodos de tempo”. Segundo ele, que é autor de nove livros, incluindo o best-seller Why First Borns Rule the World, o movimento é, na verdade, uma parte importante de seu “desenvolvimento cerebral”. “O movimento realmente estimula o cérebro nesta idade, anda de mãos dadas”, afirma.

Ele explica que, anatomicamente, o movimento ajuda o cérebro a trabalhar, pois cria mais oxigênio, fluxo sanguíneo e também libera substâncias químicas que promovem foco, memória, motivação e humor — fundamentais na arte de aprender.

O especialista esclarece, inclusive, que os primeiros sistemas sensoriais a amadurecer no corpo humano são os responsáveis ​​pelo cerebelo (atividade motora) e o vestibular (orientação espacial). Simplificando, as crianças estão preparadas para aprender movendo-se e interagindo com o ambiente, não sentando-se e ficando imóvel.

O movimento ainda ajuda os alunos da escola primária e da pré-escola a aprender porque envolve mais o cérebro no processo de aprendizagem, criando excitação ou a “iluminação” do cérebro, argumenta Grose.

Com isso, o aprendizado se torna mais produtivo e as crianças acabam retendo mais informações. Além de um benefício adicional que diz respeito às crianças com necessidades adicionais, “particularmente aquelas no espectro do autismo”, diz Michael. Há, ainda, evidências relacionada à dislexia com melhorias na destreza, leitura e comunicação verbal.

Então, que tal respirar fundo e deixar seu pequeno pulando, correndo e se desenvolvendo de forma saudável por aí?

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O Amor - Redação
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