Família de Selena Zagrillo, 12 anos, pede justiça pela morte da menina.

Thais Sagrillo Zucoloto, mãe de Selena Sagrillo, de 12 anos, não sabe como seguirá em frente após o ocorrido. A menina foi morta no ataque às escolas em Aracruz, no Espírito Santo.

Segundo portal Terra, ela desabafou aos prantos que a filha sempre foi luz e amor e que havia a perdido para o ódio, em entrevista ao ESTV 1ª Edição, afiliado da Rede Globo na região. Caso chocou o Brasil!

Os disparos foram efetuados na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, localizados na mesma região. O atirador apontado como autor do ataque foi identificado como ex-aluno da escola estadual, que deixou o colégio em junho deste ano.

Pelo menos quatro pessoas foram mortas e outras 12 ficaram feridas em duas escolas onde os atentados aconteceram. De acordo com a polícia, o adolescente capturado pelo crime confessou os assassinatos e afirmou que planejava tudo há cerca de dois anos. A motivação ainda é investigada.

Selena, uma das vítimas, estava no 6º ano e estudava na escola particular, que foi invadida pelo atirador. Ao telejornal, a mãe da pré-adolescente relatou que iria se mudar em breve com a família para a Bahia. Inclusive, no dia da morte da menina, Thaís não estava no Espírito Santo.

Populares deixaram flores, acenderam velas e colaram cartazes na fachada de escola em homenagem a vítimas dos ataques em Aracruz – Direitos autorais: Reprodução/TV Gazeta.

Sem saber como seguir sem a filha, ela descreve a dor de perder quem tanto ama afirmando que nenhum pai ou mãe está preparado para isso. Na sequência, pontuou que só Deus para lhe dizer como prosseguir de agora em diante. 

Thaís Sagrillo se manifestou pedindo um basta a tanto ódio gratuito, e que sua filha não fez nada para isso. Questionou quantas outras mães estão na mesma situação que a sua e indagou quantas vítimas em escolas vão continuar tendo. Destacou que agora é necessário apenas amor e paz. 

Desesperada, tia Selena foi a primeira familiar a chegar na escola após o ataque em Aracruz – Direitos autorais: Reprodução/TV Gazeta.

O corpo de Selena foi velado neste sábado na cidade. A tia da adolescente, foi a primeira familiar que esteve em busca de notícias na escola, e pediu justiça pelo crime. Bastante abalada, Tamiris Fanttini Sagrillo, agradeceu a ação dos policiais por terem agido tão rápido, prendendo o sujeito. Pediu justiça pela sua amada sobrinha e enfatizou que a dor que o jovem causou, ele precisa pagar.

Familiares de Selena, menina morta em ataque em Aracruz – Direitos autorais: Reprodução/TV Gazeta.

Como vivia a família do atirador

A família do adolescente de 16 anos que matou quatro pessoas e feriu 12 na última sexta-feira (25), durante um ataque a duas escolas no ES, vivia uma rotina repleta de cuidados e isolamento.

Vizinhos da família apontam que o atirador era visto fazendo corridas e caminhada ao lado do pai, que é policial militar. Entretanto, ultimamente, o rapaz interagia somente com os familiares. No celular apreendido pela polícia após o crime ser cometido com as duas armas do pai, só havia dois contatos, registrados como “pai” e “mãe”.

O adolescente costumava desviar o olhar se alguém o cumprimentava, ou evitava contato visual usando óculos escuros. Sem a companhia do PM, ele se exercitava em uma academia comunitária a aproximadamente 200 metros de casa, ou andava de moto pelas ruas da região.

Conforme o Yahoo, o assassino passou a se isolar ainda mais durante a pandemia, fazendo com que o patriarca passasse a forçar uma maior aproximação com o herdeiro. Colegas de farda do homem dizem que ele começou a estudar psicanálise para ajudar nos cuidados com o filho, que demonstrava alterações no seu comportamento, desde a infância.

Por esse motivo, o pai do garoto de 16 anos até deixou de consumir bebidas alcoólicas socialmente nos últimos para tentar ajudá-lo. Investigações do caso inclusive indicam que o policial militar teria comprado o livro “Minha Luta”, escrito pelo ditador nazista Adolf Hitler, com a finalidade de interagir mais com o garoto, que usou uma suástica no seu braço direito fixada na roupa camuflada a qual utilizou no ataque às escolas.


Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.

O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.

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Mayara Gabrielle
Redatora dos sites O Segredo e O Amor. Escreve sobre reflexão, inspiração e boas notícias, incentivando a todos a se tornaram uma melhor versão de si mesmos.

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