Policial militar foi preso acusado de estupro contra moradora de rua no Paraná.

Um homem teria obrigado uma moradora de rua a praticar sexo oral nele e cuspido no rosto da mulher, antes do ato ser praticado. Crime ocorreu na madrugada de domingo (15), no Paraná.

De acordo com testemunha, um policial militar estuprou moradora de rua na cidade de Londrina, ao norte do estado. Ela entregou detalhes exclusivos sobre o caso emblemático. Conforme informações do portal RicMais, a testemunha alegou que esta é a segunda vez que o acusado abusa sexualmente de alguém dentro da casa abandonada.

O local onde teria ocorrido o crime é conhecido por ‘mansão dos noia’. Depoente manifestou seu desejo por justiça, uma vez que, não é porque moram naquele ambiente, que devem ser tratadas como objetos.

No momento da invasão no lugar, o policial estava fardado. Traumatizada com o que aconteceu, fez um desabafo dizendo que sempre chora ao deitar, pois lembra de tudo que viu, inclusive as coronhadas dadas no joelho da vítima de estupro.

Comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Nelson Villa, teria cumprido mandado de prisão nesta quarta-feira (18). Rapidamente, o suspeito foi encaminhado até à Delegacia da Mulher, atualmente comandada pelo delegado William Douglas Soares, que já teria ouvido pelo menos seis pessoas a respeito do caso.

Casa abandonada onde moradora de rua teria sido estuprada. Direitos autorais: Reprodução/ Ric TV

Situação similar a essa teria acontecido ano passado, no Espírito Santo. Uma mulher denunciou um policial militar por estupro.

No ES, mulher denuncia policial militar por estupro

Mulher de 49 anos denuncia estupro cometido por um policial militar no local onde morava, dia 26 de setembro de 2022. Em suas palavras, três policiais invadiram sua casa, justificando que estavam em busca de suspeitos por tráfico de drogas.

Segundo o G1, vítima afirmou à época que o crime ocorreu no próprio imóvel onde morava, em Viana, região da Grande Vitória. Sem mandado, três agentes teriam invadido a residência e os policiais se negaram a registrar denúncia.

No momento em que tudo aconteceu, a mulher estava deitada por ter pressão alta e diabetes. Foi quando ouviu sons de tapas e socos, e ao olhar, o policial estava parado em frente a porta de seu quarto.

Assustada e passando mal, foi obrigada a levantar da cama. Quando levantou, continuou escutando barulhos de tapas. Foi aí que se deparou com a cena do filho sendo agredido na boca, pelos policiais. Em seguida, os lábios do jovem de 15 anos começaram a sangrar muito. A mulher, cuja identidade não foi revelada, destacou que os policiais bateram também na boca e na nuca do menino.

Posteriormente, teria sido levada para um dos quartos por um policial e sido obrigada a tirar a roupa. No relato da vítima, o homem se aproximou de seu corpo, agachou e mandou ela fazer movimentos de abaixar e levantar.

Foi aí que ele começou a passar a mão nela, tanto atrás como na frente, e fazia gemidos como se estivesse gostando do que estava acontecendo. Todo o ato durou em torno de cinco minutos.

Logo assim que os policiais foram embora, a mulher teria pedido socorro para uma amiga. As duas se direcionaram à advogada Gislaine Salles, que a ajudou na denúncia. A profissional lamenta a recusa por parte de alguns policiais em abrirem o boletim de ocorrência.

A denúncia só foi para a frente quando uma policial feminina interveio e registrou o crime. No mesmo dia, a vítima foi levada ao Departamento Médico Legal (DML) da cidade. Por meio de uma nota, a Polícia Militar enfatizou que o caso teria sido registrado três dias depois na corregedoria, e que os desdobramentos estavam sendo apurados.

A advogada ressaltou que o acusado retornou à casa da mulher, após os abusos serem cometidos. Mencionou que o homem demonstra ser uma pessoa nervosa ao extremo dentro de sua profissão, e inclusive, já praticou o delito com outras duas mulheres.

Ela desabafa que o caso segue sem respostas até hoje, e enquanto o policial continua fardando trabalhando nas ruas, a vítima fica escondida. Vítima morava no bairro com o esposo, dois filhos e o neto, há um mês do ocorrido. Com traumas diante da situação vivida, optou por sair da região com toda a família, parando de trabalhar e o neto, deixando de estudar.


Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.

O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

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Mayara Gabrielle
Redatora dos sites O Segredo e O Amor. Escreve sobre reflexão, inspiração e boas notícias, incentivando a todos a se tornaram uma melhor versão de si mesmos.

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