Por Em menos de 24 horas, dois homens em São Paulo foram vítimas de criminosos que usam aplicativos de relacionamento para atrair as vítimas.
Em um dos casos, um professor foi assassinado e teve o carro e relógio roubados.
Imagens do circuito de monitoramento mostram quando o professor e o rapaz entram no elevador de um imóvel. É possível ver que a vítima usa o relógio na mão esquerda. Já o suspeito não tem nada no pulso. Eles conversam até chegarem ao andar do apartamento.
Na sequência, o suspeito aparece sozinho no elevador e carrega uma caixa com alguns objetos dentro, que seriam da vítima. Desta vez, ele usa o relógio. Em seguida, o homem sai do prédio e foge com o veículo.
O crime foi registrado no bairro do Morumbi, na zona sul da capital. De acordo com os agentes, o homem, de 56 anos, marcou um encontro com o jovem por meio do aplicativo de relacionamentos. Ele foi morto dentro do imóvel.
Um amigo que não quis se identificar disse que o professor era uma pessoa calma, querida por todos e muito reservada.
“Quando eles [os agentes] chegaram lá [na casa], ele já estava falecido. Estava com um machucado na cabeça com sangue e com marcas no pescoço. Disseram que não tinha nada revirado. Parece que a pessoa fez bem premeditado”, afirmou a testemunha. As imagens das câmeras de segurança devem ajudar nas investigações. O rapaz ainda não foi identificado.
Este não foi o único caso registrado. Na 6ª feira (16.dez), um empresário de Curitiba veio até São Paulo para se encontrar com uma suposta garota que conversava pelo celular. Ele acabou sendo sequestrado por bandidos. A polícia descobriu o cativeiro e conseguiu libertar o homem, ameaçado e agredido pelos criminosos. A vítima contou os momentos de desespero.
“Os que me sequestraram eram agressivos. Estavam com arma em punho, faziam bastante pressão com a arma na cabeça, falavam que iam me matar, e perguntavam, o tempo todo, se eu tinha dinheiro, cartões”, relatou.
Um dos homens foi detido. A polícia alerta para que as pessoas analisem o ponto de encontro marcado nos aplicativos de relacionamentos.
“Se o ponto de encontro for em regiões periféricas, de comunidades carentes, de mata, que a pessoa entenda que está realmente caindo em um golpe e que vai ser roubado, sequestrado, e poderá ser até mesmo morta”, ressaltou o delegado Germano de Souza.
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