Por O repórter Rodrigo de Luna, que atua na TV Guararapes, afiliada da TV Record em Recife (PE), estava cobrindo a festa de carnaval na cidade, no sábado (18), quando foi beijado à força na boca por uma mulher que entrevistava.
O episódio ocorreu durante o bloco Galo da Madrugada. Rodrigo, que estava ao vivo, abordou a mulher que se mostrava bem empolgada com a folia. “Essa daqui está preparada!”, disse.
“Eu estou feliz porque te vi!”, respondeu a foliã. Em seguida, ela segurou o rosto do jornalista e o beijou à força.
Ao comentar o episódio, Rodrigo deu a entender que não foi a primeira vez que a mulher tomou essa atitude. “A última vez que ela fez isso, eu quase apanhei quando cheguei à minha casa. Se controla, mulher!”, afirmou.
A foliã beijou mais uma vez o repórter, que disse: “Eu sou casado.”
“É casado, mas não é capado. Eu amo este homem!”, respondeu a mulher.
Nas redes sociais, muitos internautas apontaram a atitude da mulher como assédio. Porém o repórter afirmou que se tratava apenas de uma brincadeira.
O que diz a lei?
A Lei n° 10.224, de 15 de maio de 2001, estabelece que assédio sexual é caracterizado “por uma ação reiterada, mas dependendo do caso pode até ser considerado como um ato único, em que a vítima, que pode ser mulher ou homem, acaba sendo intimidada com incitações sexuais inoportunas”.
A pena prevista para o crime é de um a dois anos de detenção, pois trata-se de uma conduta que busca constranger alguém com o intuito de obter alguma vantagem ou favorecimento sexual.
Relembre outros casos
O caso que ficou mais conhecido foi o da jornalista Jéssica Dias, da ESPN, que acabou sendo assediada por um torcedor do Flamengo durante uma transmissão ao vivo pela Copa Libertadores, no dia 7 de setembro de 2022.
A jornalista cobria o jogo do Flamengo contra o Vélez Sarsfield, realizado no Maracanã (RJ). Em um determinado momento, o torcer surgiu atrás da repórter e deu um beijo no seu rosto.
Ele foi detido em flagrante e teve a prisão preventiva decretada. Depois, transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada em Benfica (RJ). Porém ele acabou sendo solto por determinação da Justiça do Rio de Janeiro.
Durante a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, também foi assediada no momento em que cobria o jogo entre Japão e Senegal.
Ao entrar ao vivo, um torcedor se aproximou e beijou o seu rosto. Imediatamente, a jornalista reagiu e disse: “Eu não te autorizei a fazer isso. Nunca! Ok? Isso não é educado, isso não é certo. Nunca faça isso! Nunca faça isso com uma mulher. Respeito!”
Ainda na Copa do Mundo da Rússia, a repórter colombiana Julieth González Therán sofreu assédio quando um homem a segurou à força e deu um beijo em seu rosto.
Mesmo constrangida, a jornalista continuou com a transmissão ao vivo.
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