O caso de um pai que obrigou o melhor amigo a cavar a própria cova e se suicidar após ter descoberto que a filha tinha sido abusada sexualmente chocou a Rússia.
Segundo informações publicadas pelo Daily Mail, Vyacheslav Mastrosov, de 35 anos, descobriu que a filha, de apenas 9 anos, foi abusada repetidas vezes pelo amigo Oleg Sviridov.
No celular do amigo havia imagens dos abusos. Em uma das filmagens, a garota implorava para ir embora.
Oleg teria recebido um ultimato de Mastrosov: ou se entregaria para a polícia ou teria que enfrentar as consequências.
Uma testemunha conta que, no último dia de vida, em setembro de 2021, Oleg foi espancado. Cerca de uma semana após o desaparecimento, ele foi encontrado morto em uma floresta na região de Samara.
A investigação mostrou que Mastrosov obrigou o amigo a cavar a própria cova. Na sequência, os dois entraram em luta física. Não há informações precisas, mas, em algum momento da briga, Oleg teria sido obrigado a se suicidar com uma faca.
Durante o julgamento, moradores do vilarejo de Pribrezhnaya arrecadaram dinheiro para cobrir os custos da defesa do pai da garota, e uma petição online pedia que ele fosse inocentado de todas as acusações, já que ele “salvou as crianças de um predador sexual”.
Condenado a um ano e meio de prisão, o russo foi liberado após seis meses de detenção. Depois da saída, ele publicou uma foto ao lado da esposa com a legenda: “Em casa. Amo muito vocês”.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.