Deise Moura dos Anjos, acusada de matar três parentes do marido ao servir um bolo de frutas cristalizadas envenenado com arsênio, foi encontrada sem vida na manhã desta quinta-feira (13) na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, conforme divulgado pela Polícia Penal.
Acredita-se que ela tenha tirado a própria vida. Deise foi presa temporariamente em 5 de janeiro sob a acusação de ter envenenado a farinha usada em um bolo consumido em Torres, no Litoral Norte do RS, na véspera de Natal.
A polícia também estava investigando se ela teria sido responsável pela morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro após consumir bananas e leite em pó que foram entregues em sua casa pela nora.
Em uma declaração oficial, a Polícia Penal informou que Deise foi encontrada “sem sinais vitais” durante a verificação matinal na penitenciária. Imediatamente, os funcionários prestaram os primeiros socorros e chamaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar ao local, confirmou a morte. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a causa da morte foi “asfixia mecânica autoinfligida”.
A mulher estava sozinha em sua cela. As circunstâncias da morte serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).
Deise passou um mês no Presídio Estadual Feminino de Torres. Sua prisão foi prorrogada pela Justiça e, em 6 de fevereiro, ela foi transferida para Guaíba por motivos de segurança. Ignoraram um alerta? Antes de ser encontrada morta na prisão, a acusada deixou uma mensagem.
Essa informação foi revelada pelo chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, em entrevista à RBS TV. Ela deixou um escrito, que ainda estamos investigando detalhes, no local. Como um desabafo, se declarando inocente, dizendo que era uma pessoa que estava sofrendo, em depressão, disse Sodré.
A administração da prisão teria recebido um alerta sobre o risco de Deise cometer suicídio um dia antes do ocorrido. Um advogado da família do marido dela visitou a prisão e informou sobre a decisão do homem de formalizar o divórcio.
A partir desse momento, ela teria demonstrado mudanças em seu comportamento. A Polícia Penal relatou que Deise “recebeu três atendimentos psicológicos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, além de dois atendimentos com a equipe de saúde”.
A pasta também destacou que “a rotina de inspeção é permanente” e que são realizadas revistas diárias nas celas.
Relembre o caso: Segundo informações da Polícia Civil, sete membros de uma mesma família se reuniram em uma casa para um café da tarde, alguns dias antes do Natal, quando começaram a sentir-se mal após consumirem pedaços de um bolo. Zeli dos Anjos, que preparou o doce em Arroio do Sal e o levou para Torres, também foi hospitalizada.
Ela é sogra de Deise e é considerada uma das vítimas do envenenamento, segundo a Polícia Civil. Três mulheres morreram em um intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva sofreram parada cardiorrespiratória, conforme relatado pelo hospital.
Neuza Denize Silva dos Anjos teve sua morte confirmada como sendo por “choque pós-intoxicação alimentar”. Zeli dos Anjos sobreviveu e recebeu alta do hospital em janeiro deste ano.
De acordo com o delegado Marcus Veloso, que está conduzindo a investigação, ela foi a única da casa que comeu duas fatias do bolo. Uma criança de apenas 10 anos que também comeu o doce sobreviveu e já recebeu alta médica.
A polícia diz que a sogra era o alvo: De acordo com o delegado Marcus Veloso, Zeli dos Anjos, sogra da acusada, era a principal vítima dos envenenamentos.
“O principal alvo dela era a Zeli. Ela estava no dia 2 de setembro, quando ela fez o café com leite em pó e tudo mais (saiba mais abaixo), junto com seu marido, e também estava no local onde Zeli fez o bolo em Arroio do Sal e ela também consumiu o bolo e também foi para o hospital”, afirma o delegado Veloso.
A morte do sogro: Após a divulgação do caso do bolo, as autoridades iniciaram uma investigação para verificar se Deise poderia ter algum envolvimento na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, supostamente devido a intoxicação alimentar.
Ele era casado com Zeli. A polícia decidiu exumar o corpo de Paulo, e os exames revelaram que ele havia ingerido arsênio antes de morrer. Ele morreu de uma infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó que foram levados à sua casa pela nora.
Nota da Polícia Penal: A Polícia Penal informa que, durante a verificação matinal na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, a detenta Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais.
Imediatamente, os funcionários prestaram os primeiros socorros e chamaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar ao local, confirmou a morte. Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.
Se estiver passando por crises de depressão e precisar de ajuda, não hesite em discar 188. Este é o número da parceria entre o Centro de Valorização da Vida com o Ministério da Saúde. A ligação é gratuita.
Também é possível encontrar atendimento no endereço eletrônico: www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações. Para contatar o SAMU, disque 192. Atendimentos também são realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Pronto-Socorro e Hospitais.