Mesmo após confessar e se apresentar à polícia, suspeito de matar a técnica de enfermagem Rita Nogueira segue livre.

Uma mulher de 27 anos, chamada Rita Nogueira, foi encontrada morta em uma casa abandonada na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro. Entretanto, de acordo com informações do G1, mesmo após o suspeito se apresentar à polícia, confessar e indicar onde teria deixado o corpo da mulher, o homem segue solto.

Segundo o registro de ocorrência, o policial responsável não considerou necessária a prisão em flagrante do estudante de enfermagem Iago Lacê Falcão, de 26 anos. Para o policial, como o suspeito se apresentou espontaneamente à polícia, acompanhado de uma advogada e fazendo uma confissão informal, não era necessário prendê-lo de imediato.

O suspeito se apresentou na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, no dia 13, dias antes de encontrarem o corpo de Rita. Em sua confissão, o homem forneceu detalhes sobre o crime, que aconteceu em um motel no bairro de Sulacap, também na Zona Oeste, e somente depois abandonou o corpo dela em uma casa abandonada da família dele, no bairro Bento Ribeiro.

Jovem é encontrada morta em Bento Ribeiro. Direitos Autorais: Reprodução/ TV Globo

A polícia informou que os locais confessados pelo suspeito foram periciados, incluindo até mesmo o carro que foi utilizado para transportar o corpo da vítima. Segundo afirmações dos vizinhos do bairro, a casa estava abandonada há pelo menos 10 anos. O local estava cheio de lixo, restos de obras, cordas e sangue também.

Ainda segundo o G1, os familiares dizem que o corpo de Rita Nogueira tinha sinais de tortura, no qual os pés, as mãos e o pescoço estavam amarrados. Apesar da confissão à polícia, Iago Lacê Falcão seguiu solto, apenas sendo afastado do Programa de Residência em Enfermagem da UFRJ. Além disso, o homem não é considerado foragido, e os investigadores aguardam os laudos da perícia e outros elementos para avaliar se pedem ou não a prisão dele.

Iago Lacê, suspeito de matar a namorada no Rio de Janeiro. Direitos Autorais: Reprodução/TV Globo

Por ora, a Delegacia de Homicídios informou que o assassino da técnica de enfermagem não foi preso porque, segundo a lei, quando se apresentou, não estava mais em estado de flagrante. Já a defesa de Iago diz que ele se apresentou por livre e espontânea vontade, e que aguarda a decisão do inquérito para se manifestar.

O caso

Rita Nogueira, de 27, foi encontrada morta, com os braços e pernas amarrados, em uma casa abandonada, pertencente à família de Iago Lacê Falcão. As imagens de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o suspeito estaciona o carro na casa da vítima na noite do crime. A mulher vai até o carro e conversa com o Iago durante 30 segundos, voltando para a casa em seguida. O homem sai do carro e vai atrás de Rita e, depois de 1 hora e 15 minutos, os dois entram no veículo e saem.

Segundo o G1, as imagens são os últimos registros de Rita viva. A mulher foi dada como desaparecida pela família na terça-feira, dia 15 de novembro, no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Para o ex-noivo da técnica de enfermagem, Igor Ferreira, que ficou com ela por 10 anos, antes de terminarem a relação, o que mais causa revolta é que o criminoso foi solto.

Direitos autorais: Reprodução / Facebook

Rita e Iago se conheceram na Maternidade Leila Diniz, na Barra, trabalhando juntos. Os dois se relacionavam com Iago há pouco mais de 1 mês. A família da vítima acredita que o homem tenha cometido o crime por ciúmes.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Nilópolis lamenta o falecimento de Rita e diz que ela era uma funcionária exemplar e muito querida pelos colegas. A secretaria finaliza o comunicado dizendo que espera que a justiça dê a devida punição ao assassino.


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O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.

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