O chef Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, é apontado como suspeito no brutal assassinato de Emilly Azevedo Sena, uma adolescente de 16 anos que estava no nono mês de gestação. O crime ocorreu em Cuiabá, Mato Grosso.
Ele publicou em suas redes sociais uma foto com a recém-nascida que havia sido roubada, afirmando na postagem que ela era sua filha. A informação foi divulgada pelo portal G1.
Essa publicação ocorreu antes que a polícia descobrisse o crime. Os agentes encontraram o corpo de Emilly enterrado no quintal da residência de Christian e Nataly Helen Martins Pereira, ambos detidos. A polícia informou que os dois podem ser acusados de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
A isca para o crime
Segundo as investigações, Nataly atraiu a adolescente para sua casa com a desculpa de buscar doações de roupas de bebê que estavam sobrando. Ela havia dito à jovem que era mãe de dois meninos e que estava grávida de uma menina, conforme relatou Ana Paula Meridiane, mãe de Emilly.
Detalhes da conversa entre vítima e suspeita
Nataly providenciou o transporte para Emilly vir buscar as roupas e um protetor de berço. Nas mensagens trocadas um dia antes do crime, Nataly mencionou restrições sobre a presença do marido de Emilly em sua casa:
Nataly: “Você disse que seu marido vai, ele pode ir, só não vou deixar entrar, pois sou casada, e o pessoal da rua são tudo bando de fofoqueiro, Deus me livre inventarem alguma coisa de homem entrando na minha casa.”
Nataly: “Espero que não tenha tenha problema para você.”
Nataly: “Porque geralmente quem vai são mais as mulheres, não tô acostumada a ter contato com homens estranhos em casa. Espero que não tenha problema para você.”
Nataly: “Você vai querer que eu leve as coisas para você ou seu marido indo tem como levar?”
Emily: “Tem como levar sim.”
Emily: “Meu marido vai comigo e vai ficar pro lado de fora, mas minha cunhada vai comigo.”
Nataly: “Entendi. Tranquilo.”
Após essa interação, Emilly desapareceu e nunca mais foi vista.
Após sair de casa, a jovem desapareceu e não foi mais vista. Segundo as autoridades, seu corpo foi encontrado em uma cova rasa no quintal do casal suspeito, com parte da perna exposta. A vítima apresentava cortes abertos na barriga, sugerindo um possível parto forçado.
A polícia acredita que Emilly foi assassinada por enforcamento, estrangulamento e asfixia, já que cabos de internet foram encontrados enrolados em seu pescoço, mãos e pernas, além de um saco plástico sobre sua cabeça, indicando tentativa de sufocamento. Além do casal, outros dois indivíduos também são investigados por possível participação no crime.
A defesa de Nataly informou ao portal g1 que “está tomando conhecimento dos detalhes do caso e deverá se manifestar em breve”. Até o fechamento desta matéria, não foi possível localizar a defesa dos demais suspeitos.
Como o crime foi descoberto
Na quinta-feira (13), o casal compareceu ao Hospital Santa Helena, em Cuiabá, para registrar um bebê recém-nascido. Eles alegaram à equipe médica que a criança havia nascido em casa, mas o comportamento da mulher levantou suspeitas, levando os profissionais de saúde a acionarem as autoridades.
Após exames, os médicos confirmaram que a mulher não havia passado por um parto recente. Diante da inconsistência no relato, a polícia iniciou uma investigação e foi até a residência dos suspeitos, onde encontrou o corpo de Emilly enterrado no quintal. A recém-nascida segue internada sob cuidados médicos.