Os últimos anos de Jô Soares foram vividos dentro de seu luxuoso apartamento no bairro de Higienópolis, em São Paulo.

Um dos metros quadrados mais caros da capital paulista, o endereço abriga centenas de livros, muitos objetos de arte e até uma réplica do Super-Homem na sala.

Carioca, o humorista e apresentador fincou os pés em São Paulo e ficou. Passou as últimas décadas num imponente prédio de esquina na Praça Esther Mesquita.

Jô ocupava dois andares do edifício, que tem apenas um imóvel por andar. Em um deles, o artista de fato morava. No outro, ele mantinha um enorme escritório, com muitos livros nas estantes, como uma biblioteca, e seu ateliê de artes plásticas.

Direitos autorais: Reprodução/Instagram

Era nesse andar que Jô costumava passar a maior parte de seu tempo, usado para escrever, pintar, desenhar e assistir à filmes. Também era comum receber os amigos mais íntimos com uma vista de tirar o fôlego.

A decoração não é nada ortodoxa. Jô tinha desde uma poltrona feita com bichos de pelúcia assinada pelos badalados Irmãos Campana como a tela original de um revólver estilizado de Roy Lichtenstein. Dentre as excentricidades, um Super-Homem, um dos personagens favoritos de Jô Soares, em tamanho natural, na sala.

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No escritório, Jô tinha, entre tantas memórias e objetos de lembrança, um chapéu de um bombeiro que morreu no World Trade Center. Além disso, mantinha cerca de 5 mil livros no apartamento.

Para contrastar com o toque moderno de seu apezão, Jô preferiu ter móveis clássicos, como sofás brancos, paredes de madeira e até um piano de cauda, que ele tocava. No quarto, Jô mandou instalar um ofurô a dez passos da cama, com uma TV acoplada.

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Na cozinha, duas geladeiras, nos corredores fotos e caricaturas nas paredes, um altar com sua santa de devoção, santa Rita. Em 2011, ele tinha comprado mais um andar para abrigar o que chamava de Espaço Cultural Jô Soares.

Reclusão maior com a pandemia

Jô estava separado de Flávia Pedra desde 1998, mas os dois mantiveram-se muito próximos e era ela quem mais ia ao apartamento. Hoje, Flavia é casada com a cantora Zélia Duncan, que passou também a conviver com o apresentador e humorista.

No dia a dia, ele tinha a companhia de seus empregados, já que o único filho, Rafael Soares, morreu aos 50 anos, em 2014. Ele era portador de autismo. Jô nunca se recuperou de fato dessa perda.

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Até 2019, ele estava no teatro, encenando e dirigindo. Mas interrompeu a temporada de “O livro do Jô” por questões de saúde. Quando a pandemia começou, o apartamento passou a ser um refúgio, de onde saía no banco do carona do carro, conduzido por seu motorista particular. Um dos destinos mais acessados por Jô era a paróquia de Santa Rita de Cássia, no Pari, onde permanecia sentado em silêncio diante do altar de sua santa de devoção.

“Existe uma diferença entre estar em casa só e estar em casa em solidão”, disse ele, certa vez numa entrevista.

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