Um vídeo que circula nas redes sociais flagrou o momento em que um policial militar armado dá socos e tapas em uma mulher no meio da rua, em Vigário Geral, zona norte do Rio de Janeiro. O PM do 16º BPM (Olaria) foi chamado para prestar esclarecimentos no batalhão e para a Corregedoria.
A cena foi gravada no domingo (22) por pessoas que passavam de carro. Em menos de 50 segundos, o homem aparece andando em direção à mulher de blusa azul, com uma arma em punho. Os dois parecem estar discutindo, até que ele dá o primeiro tapa no rosto da vítima.
Os homens que registram toda a cena se assustam com a ação. O PM então derruba a mulher no chão e continua aplicando golpes, enquanto segura uma pistola. Logo em seguida, outros dois homens aparecem tentando tirar o policial de cima da mulher.
“Vai dar tiro nela. Vai matar a mina“, comenta uma das testemunhas, assustada.
Assim que os homens conseguem segurar o policial, a vítima levanta e segue andando pela rua. De acordo com a Polícia Militar, que não divulgou o nome do agente, o PM estava de férias e foi chamado para prestar esclarecimentos:
“De acordo com o comando do 16° BPM (Olaria), o referido militar estava de férias na data em que as agressões foram registradas. Ainda segundo o comando da unidade, o policial já foi convocado a comparecer no batalhão de polícia militar para prestar esclarecimentos sobre o fato, também acompanhado pela 1 DPJM/ Corregedoria. Cabe ressaltar que a Corporação não compactua com desvios de conduta praticados por seus integrantes“, diz a nota.
Nas redes sociais, o vídeo provocou reações. “Ele é tão covarde que foi armado bater na mulher“, disse uma moça. “Meu Deus, que absurdo. Não consigo ver uma coisa dessas, me dá um nervoso“, lamentou outra. “Os caras foram até corajosos em separar, porque um maluco desse poderia até atirar“, disse um terceiro.
Ao UOL, a Polícia Civil informou que não houve registro de ocorrência com essas características na delegacia da área até o momento.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.