Por Um maquinista de Nova York conseguiu parar um trem que viajava a 112km/h para salvar um menino autista de 3 anos que estava vagando pelos trilhos sozinho.
A criança estava andando a poucos metros da cerca eletrificada perto da estação de Tarrytown, em Nova York.
Ao avistar a criança, o maquinista não pensou duas vezes e freou o trem que viajava a mais de 110km/h.
O resgate foi filmado pelas câmeras internas do trem, que mostrava o condutor Marcus Higgins correndo pelos trilhos após desligar o motor. Segundo relatos do canal Fox norte-americano, a criança não falava na época.
“Emergência, emergência! Você tem que parar a pista! Temos uma criança pequena na pista”, foram as palavras que o maquinista disse à estação central que controla o tráfego das linhas ferroviárias. As gravações foram compartilhadas recentemente.
Direitos autorais: Reprodução/Autoridade de Trânsito Metropolitano de Nova York
Ao ver que a criança não fazia nenhum gesto à medida que o trem se aproximava, Higgins apertou o botão que desliga a energia dos trilhos e foi até a criança para resgatá-la. Após o ousado ato, o maquinista levou o menino para dentro do trem e o devolveu para sua mãe, que também estava levando a irmã do menor na viagem.
Os jornais locais afirmam que o menino é um autista não-verbal e que ele se separou de sua mãe e terminou caindo em uma barreira onde ficam os trilhos do trem.
Marcus Higgins só conseguiu parar bruscamente o trem com a ajuda da central e do engenheiro de locomotivas William Kennedy, que fez com que os trilhos se desviassem caso o freio do trem não funcionasse.
Em entrevista à Fox Nova York, o engenheiro disse que ao ouvir os pedidos do maquinista, que estava visivelmente em pânico, decidiu mudar os trilhos para que a velocidade também pudesse baixar. Ele só conseguiu ver o menino sentado porque ele teria caminhado em direção aos trilhos.
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Ao ser questionado pela reportagem o que teria acontecido com o menino caso ele não tivesse trocado os trilhos, William Kennedy disse que a criança poderia ou ter se machucado ou até falecendo no local, seja pelo impacto ou pela descarga elétrica, caso tivesse atravessado.
Os trilhos dessa linha ferroviária são conhecidos como “trilho vivo”, que ajuda o trem a se locomover. Ao trem, os trilhos fornecem aproximadamente 600 volts de energia elétrica.
“Naquele momento eu pensei em 30 coisas diferentes. Pensei que onde está um adulto, normalmente está uma criança e me questionei o que essa criança estava fazendo ali”, disse William Kennedy.
Já Marcus Higgins expressou sua sensação de alívio ao ter salvado a criança de uma situação mais trágica. “Fisicamente ele parecia bem. Não sabíamos que ele era autista não-verbal. Nós o trouxemos para o trem e ele meio que tinha um sorriso no rosto”, afirmou o maquinista.
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Quando chegaram à estação principal, a mãe do menino já tinha avisado à polícia sobre o desaparecimento de seu filho. Ao encontrá-las, o maquinista disse que a mãe estava chorando e visivelmente abalada enquanto eram atendidas pelas autoridades.
De acordo com a ABC News, o menino foi identificado como Waylon e sua mãe, Aridia bruno de Sosa. Ao ser entrevistada, a mulher disse em espanhol que o salvamento de seu filho foi “um milagre de Deus”.
À polícia, a mulher disse que o menino teria soltado sua mão e corrido pela estação, quando ela o perdeu de vista.
A presidente do sindicato de ferroviários de Nova York, Catherine Rinaldi, homenageou William Kennedy e Marcus Higgins e mais três funcionários em uma cerimônia realizada na última terça-feira (25/04).
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Em declaração à imprensa, a presidente disse que todos os envolvidos tiveram um comportamento de “bravura” e que evitaram um resultado terrível.
Waylon saiu ileso e foi encontrado apenas com uma farpa na mão. Ele está seguro, com sua família, em casa.
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