Por O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou os resultados do Datafolha da semana passada para criticar Lula. O levantamento apontou uma reprovação de 41% ao governo federal, o índice mais alto dos três mandatos do petista.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou os resultados do Datafolha da semana passada para criticar Lula. O levantamento apontou uma reprovação de 41% ao governo federal, o índice mais alto dos três mandatos do petista.
Declarações e pesquisas eleitorais
Bolsonaro afirmou que as pesquisas para 2026 indicam que candidatos da direita estão à frente de Lula.
“A pesquisa hoje me dá 5% à frente do nove dedos [Lula]. Tá inclusive a dona Michelle na frente dele. É sinal de que ele tá derretendo”, declarou Bolsonaro.
O ex-presidente se referiu a um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira. Mesmo inelegível, Bolsonaro apareceu com 45,1% contra 40,2% de Lula em um possível segundo turno. Michelle Bolsonaro também superou o petista, com 42,9% contra 40,5%. A pesquisa foi encomendada pelo PL e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
No entanto, outras pesquisas recentes apontam Lula como favorito. A AtlasIntel/Bloomberg indica um empate técnico entre Lula e Tarcísio de Freitas (Republicanos), enquanto a Genial/Quaest mostra Lula vencendo todos os potenciais adversários, incluindo Bolsonaro.
Cenário econômico e desgaste do governo
Esse cenário se desenrola em um contexto de inflação elevada, que afeta produtos essenciais como combustíveis e alimentos. O aumento das taxas de juros também dificulta investimentos, encarece empréstimos e prejudica a atividade econômica.
“O povo tá sofrente, tá vendo que tem que mudar”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro e a denúncia da PGR
Apesar da crise do governo Lula, Bolsonaro não pode capitalizar o momento devido à sua inelegibilidade. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar ainda esta semana uma denúncia contra o ex-presidente, envolvendo sua suposta participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro.
A expectativa é que Bolsonaro se torne réu, com o julgamento conduzido pelo STF e relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. As investigações da Polícia Federal apontam indícios como a minuta do golpe e a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Apesar das acusações, Bolsonaro afirmou: “Eu não tenho nenhuma preocupação. Zero!”
