O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) refutou as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), expressando compaixão por Mauro Cid.

Durante uma entrevista à revista Oeste, Bolsonaro descreveu seu sentimento:

Bolsonaro comentou sobre seu sentimento em relação a Cid:

Quando falam pro Cid ‘olha o teu pai, olha a tua esposa, olha a tua filha’, vem aquele desabafo dele com alguém que nem ele sabe quem foi. ‘Não adianta falar a verdade, que eles querem outra coisa’“, disse em uma entrevista à revista Oeste.

Eu tenho pena dele, ele é um filho para mim. O pai dele [Mauro Lourena Cid] é da minha turma, com tudo o que acontece e a gente vê que há uma tortura para cima dele.

Estratégia de defesa

Bolsonaro revelou que sua principal estratégia de defesa será questionar a validade da delação premiada de Mauro Cid. “Por muito menos, na Lava Jato, delações foram anuladas“, declarou, insistindo em sua inocência. “Não existiu nem medidas preparatórias, nem plano”.

Ele acusou o STF de desejar sua morte ao invés de sua prisão e criticou a denúncia da PGR como fantasiosa.

“Me apresentem essa ‘minuta de golpe’ que nunca existiu. O que foi debatido foi hipótese de sítio e defesa. Ninguém dá golpe usando a Constituição. O golpe é um sinônimo de você negar a Constituição.”

Transparência no processo

Ainda sem acesso aos vídeos dos depoimentos de Cid, Bolsonaro pediu clareza no processo judicial e informou que seus advogados solicitaram acesso completo às gravações e documentos da delação. “Quero tudo, para ver se teve cortes no meio do caminho”.

Ele expressou preocupação com a possibilidade de ser preso: “Tá em todas as manchetes de jornal ‘Bolsonaro na Prisão’“. Questionado sobre a possibilidade de deixar o país, ele respondeu: “Eu entendo que o melhor é ficar aqui. Mês que vem faço 70 anos de idade, ‘tenho mais tempo de retrovisor do que de para-brisa’“.

A defesa do ex-presidente classificou a acusação como “precária” e “incoerente“.

“O presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam“, afirmaram em nota.

Críticas a Lula e cenário eleitoral

Bolsonaro insinuou uma conexão entre Lula e traficantes. Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente se reunir no Rio com lideranças regionais apoiadas pelo tráfico [de drogas].

Além disso, Bolsonaro se mostrou otimista com os resultados das pesquisas eleitorais recentes. Ele mencionou um levantamento da Paraná Pesquisas que o colocaria cinco pontos à frente de Lula em um eventual confronto eleitoral: “A última Paraná Pesquisas me dá 5 pontos à frente.”

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