O governo de Donald Trump desmentiu as declarações de Eduardo Bolsonaro sobre o envio de um representante americano ao Brasil para discutir sanções contra autoridades brasileiras.

O portal UOL revelou que a viagem já estava programada pelo governo brasileiro para reforçar a cooperação bilateral na luta contra o crime organizado.

Informações divulgadas por Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro afirmou desde sexta-feira que David Gamble, coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado dos EUA, estaria a caminho do Brasil.

Segundo ele, o propósito da visita seria debater possíveis sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades.

A verdadeira agenda de David Gamble no Brasil

No entanto, a versão oficial dos EUA contradiz as insinuações de Eduardo. O Departamento de Estado confirmou que enviará uma delegação a Brasília, liderada por David Gamble, que participará de reuniões focadas em organizações criminosas transnacionais e discutirá programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e tráfico de drogas, conforme comunicado da embaixada dos EUA no Brasil.

Contrariando Eduardo, a visita é parte de uma agenda oficial pré-estabelecida entre os dois países. Gamble tem compromissos no Itamaraty e em outros órgãos federais.

Em abril, missões similares foram realizadas para fortalecer os laços entre Brasil e EUA, especialmente em resposta às atividades de gangues internacionais. Durante essas missões, autoridades americanas detiveram 18 brasileiros suspeitos de ligação com o PCC.

Acordo recente entre Polícia Federal brasileira e Estados Unidos

Recentemente, foi celebrado um acordo entre a Polícia Federal brasileira e os Estados Unidos para intensificar o combate ao crime organizado, incluindo a troca de informações. Esse acordo foi amplamente divulgado pelo governo Trump.

Postura cautelosa do governo brasileiro

Apesar das tentativas de Eduardo Bolsonaro em se alinhar com setores mais radicais do trumpismo para impulsionar sanções contra autoridades brasileiras, o governo brasileiro mantém uma postura cautelosa.

Não foram anunciadas retaliações e as interações em fóruns internacionais como a ONU e a OMC têm sido moderadas. A intenção é minimizar atritos e evitar que tais questões sejam incorporadas à agenda política americana por influência do bolsonarismo.

Há um consenso no governo brasileiro de que qualquer sanção contra Alexandre de Moraes seria percebida como um ataque direto às instituições nacionais, exigindo uma resposta proporcional.

Eduardo Bolsonaro continua sua campanha nos EUA

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro prossegue sua campanha nos EUA, tentando persuadir membros do Congresso americano sobre uma suposta ditadura no Brasil. Ele é frequentemente acompanhado por Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo.

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