Uma reflexão sobre algo que todos já experimentamos pelo menos uma vez na vida!
Ninguém é plenamente feliz sozinho, isso é algo que todos nós aprendemos em algum momento da vida. Todo ser humano precisa de companhia, conexões fortes e metas compartilhadas para que possa se considerar realmente bem-sucedido.
No entanto, isso não significa que todos os nossos relacionamentos construídos, seja com familiares, amigos ou amores, sejam saudáveis e benéficos para as nossas vidas. Na realidade, muitos desses vínculos nos trazem mais sentimento de solidão do que podemos imaginar.
Infelizmente, algumas relações que tinham tudo para dar certo se desgastam com o tempo, tendo os sentimentos ocultados pelas constantes brigas, orgulho e egoísmo. Pessoas que já foram companhias imprescindíveis acabam por se tornar estranhos, nomes que preferimos manter fora de nossa agenda.
Nem sempre é fácil aceitar essas perdas. Quando amamos alguém profundamente, e queremos que siga sendo parte de nossas vidas, podemos lutar contra os problemas, e dar duzentos por cento de nós mesmos para que a relação funcione, apesar da total indiferença da outra parte, em muitas das vezes.
Quem nunca investiu demais em uma relação onde a outra pessoa não fazia sequer o mínimo? Aparentemente essa é uma situação que todos nós passamos pelo menos uma vez na vida. Entretanto, apesar de muitos gostarem de insistir nos erros, chega um momento em que atingimos o nosso limite.
Até a mais paciente e dedicada das pessoas perceberá eventualmente que um vínculo sem reciprocidade é apenas masoquismos, e que é apenas valorizando quem corre ao nosso lado que conseguiremos a plenitude que tanto esperamos.
A cada nova mensagem não respondida, carinho não retribuído e amor ignorando, vamos liberando um pouco do amor pelo outro e absorvendo um pouco mais sobre nós mesmos.
No entanto, nada mostra melhor a desistência de uma pessoa do que o silêncio.
Entre todas as maneiras através das quais demonstramos o nosso cansaço, a falta de palavras e interesse é a mais verdadeira. Quando desistimos de conversar, de pedir e de nos esforçar, é porque finalmente reconhecemos que não temos mais nada a ganhar, e precisamos focar em nós mesmos.
Uma pessoa que insiste, que dá o seu melhor, e que continua e insistir e a ser forte ainda tem forças, mas aquela que finalmente permitiu que o silêncio tomasse conta já não tem mais motivos para insistir, e aprender a se colocar como prioridade.
Em muitas ocasiões, silenciar é um processo doloroso e demorado, que nos cobra um peso emocional muito grande, afinal de contas ninguém quer abrir mão de um relacionamento no qual investiu tanto.
No entanto, eventualmente sentimos um grande peso sendo retirado de nossas costas, a medida em que a devoção ao outro se transforma em amor-próprio e autocuidado.
Silenciar e seguir em frente de relações unilaterais é um dos maiores atos de amor-próprio que podemos praticar, pois abre as portas para mergulharmos em nós mesmos e descobrirmos que a vida se torna muito melhor quando aprendemos a nos amar em primeiro lugar.
Se você sente que chegou em seu limite, e já não quer dizer mais nada, entenda que isso é o seu interior te dizendo que você merece mais.
Ainda que seja doloroso no começo, permita-se viver esse recomeço, e focar a sua atenção mais em si mesmo. Resista ao impulso de ir atrás, querer conversar mais uma vez e consertar as coisas.
Entenda que certas relações não tem conserto, e que tentar insistir é apenas machucar a si mesmo e impedir-se de ter um futuro mais feliz.
O fim da estrada pode reservar uma oportunidade de reescrever a sua própria história. Abrace-a!