Uma reflexão importante sobre a maneira como você tem escolhido os seus parceiros no amor.

“A paixão de um momento não vale o inferno de uma vida toda”. Essa, com certeza, é uma frase que nos leva a pensar sobre as nossas escolhas românticas.

Algo que precisamos admitir de uma vez, sem muita enrolação, é que vivemos numa sociedade extremamente carente de amor, afeto, entre outros bons sentimentos e atos. Podemos notar isso de diversas maneiras, mas uma das principais é a necessidade de compartilhar cada momento nas redes sociais, na maioria das vezes de maneira falsa, apenas para impressionar os outros e deixar claro que nossa vida é ótima.

Mostramos de tudo, desde as nossas roupas e calçados novos, até o “parceiro do mês”, tudo motivado por essa estranha necessidade de exposição e aceitação. Apesar de esse parecer ser um comportamento interessante e até mesmo legal para várias pessoas, se pensarmos sobre isso, poderemos perceber que se trata de uma expressão clara do quão vazios nos sentimos.

Nós nos expomos tanto porque queremos ter alguém do lado para compartilhar a vida conosco e acabar com nosso vazio profundo por deixar o celular de lado e deitar na cama para uma boa noite de sono.

Infelizmente, como a nossa busca por amor, na maioria das vezes, não vem de um lugar saudável, mas de uma necessidade de aceitação e medo da carência, falhamos na escolha de alguém para estar ao nosso lado.

Em uma análise muito rápida, percebemos que grande número dos relacionamentos românticos atuais são dominados não pelo amor e cumplicidade, mas pela carência e sentimento de codependência.

Nosso “desespero emocional” nos leva a trocar uma vida inteira por alguns momentos de alegria e prazer, e nos pegamos dividindo os nossos corpos, sentimentos e energias com pessoas que não têm nada a ver conosco, cujo único objetivo é se aproveitar de nós e nos magoar.

Nós nos deixamos levar por paixões superficiais, pautadas pela valorização da aparência em detrimento do caráter e pelos “likes” em vez de uma conexão verdadeira, que nos apresente ao sentimento de amor que todos merecemos conhecer.

Quanto mais nos aprofundamos nessas relações, mais sacrificamos o nosso presente e futuro, abandonando cada vez mais as nossas verdades para simplesmente aceitar algo que, no fundo, não é o que gostaríamos de viver.

Essas escolhas inconsequentes do amor, baseadas em princípios deturpados, são preocupantes, já que raramente vivemos algum momento de felicidade verdadeira e satisfação. Porém, infelizmente, muitos de nós só percebemos isso ao fim de anos presos a esse ciclo vicioso, até finalmente compreender que um amor de verdade não se encontra aleatoriamente, quando tentamos sanar nossa carência.

Se quisermos uma relação bem-sucedida, devemos considerar a maneira como a outra pessoa faz com que nos sintamos, acima de quantas curtidas numa foto ela nos colocará. Precisamos considerar como a relação com ela nos impactará no futuro, ao invés de nos deixar levar pelo momento atual nos esquecendo de que existe um amanhã para todos nós.

Retornando à frase principal do texto, a paixão de um momento não vale o inferno de uma vida toda. Portanto, precisamos abordar o amor com maturidade, abrindo-nos a nós mesmos e entendendo os próprios conceitos e atitudes, antes de permitir que qualquer pessoa entre em nossos corações.

Paixões passageiras podemos viver com qualquer um, mas uma vida de cumplicidade, amor e felicidade, só podemos encontrar ao lado de pessoas especiais. Portanto, comece a escolher os seus amores com mais sabedoria, para que não fique preso a um “inferno” com qualquer um.

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Luiza Fletcher
Redatora do site O Amor, onde sua missão é promover a reflexão e ajudar a aproximar as pessoas do amor verdadeiro, em todas as suas formas. Também escreve para o site O Segredo, um dos maiores portais do Brasil sobre desenvolvimento pessoal. Sua missão é buscar assuntos que nos inspirem a ser uma versão melhor de nós mesmos.

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