A insustentável impermanência do Ser!
Todos os dias somos chamados para a compreensão da vida e nos apegamos tanto a ela, que nos esquecemos que estamos aqui de passagem. Somos viajantes nesse espaço/tempo.
Não estamos aqui para permanecer, mas apenas e tão somente para aprender e seguir viagem pelas estrelas.
Porém nosso amor e nosso apego ao físico nos faz sentir dor e sofrer, quando seres que estão caminhando como irmãos companheiros nessa jornada, estão na linha divisória entre o mundo físico e o mundo espiritual, ou seja, estão sendo chamados à passagem.
Muito difícil aceitar com o coração calmo e tranquilo que pessoas que fazem parte da nossa história, simplesmente, em um piscar de olhos, podem não mais estar em nossa história.
Claro que todos sabemos que isso é a verdade mais profunda desde que nascemos. Que seremos chamados de volta à casa, apenas não sabemos quando nem como.
Temos, todos, as passagens marcada, mas relutamos em aceitar, acolher e fluir.
Precisamos, apesar de sentirmos dor, compreender que algumas lições nos chegam para ensinar que só temos o dia de hoje para compartilhar tudo o que pudermos de melhor, só temos o dia de hoje para amarmos, para termos compaixão, para abraçarmos, para dizer que amamos.
Podemos simplesmente virar a esquina e não voltar mais a ver as pessoas importantes, podemos piscar os olhos e não mais ter a visão dos olhos, do sorriso, podemos nunca mais sentir o cheiro! Precisamos nos doar hoje e guardar apenas o que for bom de todos e deixar o melhor de nós. Afinal quais lembranças queremos levar em nosso coração das pessoas que nos são caras e quais queremos deixar nos corações que nos acolheram!?
Será que vale a pena ficarmos guardando mágoas pela vida a fora?
Será que vale a pena não pedir perdão ou perdoar?
Será que vale a pena ficarmos com medo de dizer Eu te amo?
Será que vale a pena não abraçarmos?
Será que vale a pena deixarmos para amanhã, já que essa manhã pode não nascer?
Somos chamados à lição da impermanência o tempo todo. A natureza nos mostra nas estações todo movimento da vida, mas nos apegamos e nos colocamos como eternos em um mundo de coisas passageiras, inclusive NÓS!
Deixamos de ir atrás da nossa felicidade, por medo e por apego à “normalidade”, por receio do que possam “pensar” a nosso respeito, por medo de viver! Na verdade, temos medo da morte, e isso nos paralisa a vida! Pensem e repensem sobre a vida!
Não deixem de fazer o que puderem hoje. O amanhã ainda não existe e pode nunca nascer!
Somos muito breves! Sejamos cada dia mais leves!
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