Sabe quando você está de frente para o mar e ao olhar bem longe, percebe aquele ponto indistinto onde a linha do horizonte se encontra com o infinito?

Pois é… esta é uma das minhas paisagens preferidas.

?Cada vez que me pego observando este ponto fico imaginando que a nossa vida é muito parecida com este “encontro”, e de tal forma que, também, nem sempre conseguimos identificar muito claramente onde inicia um e termina o outro, não é mesmo?

?Percebo este entrecruzamento de linhas equidistantes e consigo ter uma leve ideia da imensidão deste universo que, de tão imenso, por vezes, parece que não cabe em nós, ou, ao contrário, nós é que não cabemos nele, tamanha a sua vastidão.

?Na mistura de cores, na extensão que nem pode ser calculada, na impressão de infinitude dando uma pequena amostra da sua imensidão…

Somos espectadores de um espetáculo tão fabuloso que nos sentimos como que saindo daquela espiral do tempo cronológico e entramos naquele acorde perfeito em que percebemos com maior clareza nossa responsabilidade por nossa própria felicidade.

?Estrelas, planetas, galáxias… tudo se expande nesse cosmos e nos faz ter apenas um vislumbre de sua magnitude e magnificência, intensificado pela troca de energias afins.

?Prosseguindo nesta contemplação, com a intenção pura de tornar bonita a vida,  vou para um outro estágio de percepção, onde me encontro como que suspensa no ar, saboreando todo o desenrolar dos meus próprios desencontros. E neste processo, o sentimento é de alegria, contentamento e acalento, por ser capaz de descobrir o que de melhor me habita.

?Tal qual a imensidão do universo que se aproveita do arco-íris para acentuar as suas cores mais intensas, assim sou eu diante deste cenário… e é quando vejo minhas várias incompletudes serem preenchidas e, aos poucos, o mundo inteiro parece estar indo para o seu devido lugar. Ou, já estava no lugar certo e só eu não percebia.

?Este movimento introspectivo permite que eu tenha uma percepção sincera e clara do meu “eu”, sabendo que esta é uma ponte fundamental para o equilíbrio que persigo! Um equilíbrio que também se traduz na busca da plenitude e da integralidade de ser cada vez mais consciente da importância da riqueza imaterial que nos rodeia, repleta e completa por bens intangíveis.

?E ao final, quando o olhar fixo já tornou indistinta a mescla da linha do horizonte e o infinito, troco o deslumbramento por uma sensação de tranquilidade que somente pode ser percebida quando se está em harmonia e equilíbrio com a nossa verdadeira essência.

É desta maneira que penso que o mundo se apresenta para cada um de nós. Refletindo o verdadeiro espelho da alma!

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Direitos autorais da imagem de capa: yellowj / 123RF Imagens

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Luciane da Cunha
Psicóloga, Pós Graduada em Gestão de Pessoas.Especialista em Dinâmica de Grupo, Jogos de Empresas, Andragogia, Storytelling e Desenvolvimento Pessoal, realiza treinamentos voltados à interatividade, criação e inovação.Master Practitioner em PNL, docente em cursos de pós graduação, palestrante e coach de carreira.

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