Contamos várias histórias ao longo da nossa vida; contamos como se efetivamente tivéssemos vivido e experienciado esses momentos, porém, sabemos que com o que estamos contando, por mais significado e sentido que tenha, não é nosso.
Contamos mais depressa uma história ou relembramos um momento que não nos pertence, do que a nossa história, muitas vezes mais rica e plena de momentos e conquistas, as quais parece já não darmos o devido valor .
Conte a sua história mais vezes; inspire-se com ela e motive e inspire outras pessoas a fazerem o mesmo; as pessoas adoram falar delas mesmas e, se soubermos incentivá-las a transmitir algo que conhecem tão bem como a sua história, elas se libertam, deixam de possuir baixa autoestima, confiam mais nas suas capacidades e, com isso, sentem-se importantes contando algo tão belo e emotivo como a sua história.
Por vezes, esforçamo-nos tanto para compreender o outro, a história do próximo, que nos esquecemos da nossa.
E não, não estou falando de ser egoísta, mas sim de acreditar que, para partilhar algo com alguém, não precisamos obrigatoriamente faturar milhões; não precisamos ter uma experiência na área de comunicação… precisamos, sim, saber contar com emotividade, algo que é nosso, que faz parte da nossa história, que nos acompanha sempre, o nosso crescimento, que se desenvolve connosco.
Concentramo-nos tanto nas histórias alheias e a nossa nem sempre tem a atenção merecida. Por que? Ela é menos válida só porque não somos midiáticos ou temos uma legião de fãs e seguidores? Ou ela vale pelo seu conteúdo e momentos bons e menos bons que nos permitiram ser a pessoa que somos hoje?
Conte mais vezes a sua história, partilhe tudo sem ter receio de nada, abra-se ao mundo, tal como o mundo se abriu para acolher a sua história.
Você é o que vive, o que experiencia e se você não souber contar a sua história, mais ninguém o fará.
Direitos autorais da imagem de capa licenciada para o site O Segrdo: sakkmesterke / 123RF Imagens