Desde que me lembro, estive apaixonada pela ideia de estar apaixonada.
Quando eu era mais jovem, o amor me soava como canções pop no rádio e parecia-me como a vida de personagens fictícios que beijavam na chuva nas telas de cinema. Passei horas depois da escola assistindo reprises de comédias românticas clássicas, Pretty Woman e Dirty Dancing, dia após dia.
Conforme eu cresci, amor me parecia como o rapaz na festa cujo encanto e carisma me conquistaram. O amor tornou-se rapidamente sonhos e choro. Uma mistura brilhante de angústia adolescente e paixão se derramado sobre cada canto da minha vida. O amor não parecia como nos filmes, parecia um desespero por validação.
Durante os anos seguintes, o amor mudou de rosto e nome. O amor era como ser colocada em um pedestal por outra pessoa e assim, naturalmente, o amor também parecia uma decepção.
Depois de um tempo, o amor ficou mais escuro. Começou em bares e festas e terminou em despedidas polvilhadas com indiferença. O amor nunca passou a noite. O amor se tornou sinônimo de palavras como “inatingível”, “irrealista” e “pouco provável”.
Recentemente, o amor mudou sua aparência. Apareceu para mim como um lugar macio, algum lugar quente onde eu poderia descansar minha cabeça por um tempo. Um tempo era alguns meses, alguns países e alguns encontros. O amor recentemente me ensinou uma das lições mais importantes que eu já aprendi: Eu sou o amor.
Por todos esses anos eu estava procurando por amor, em todas essas comédias românticas que assisti, todas as canções pop que cantei, todos os relacionamentos que duraram anos e os que duraram uma noite, eu não percebi a verdade sobre o amor até muito recentemente.
Eu vim a perceber que o amor não é algo para se encontrar. O amor não é algo para ter. O amor é algo para ser. O amor é bondade para com estranhos. O amor é bondade para com a família e para com os amigos. O amor é segurar uma porta para uma pessoa. O amor é sorrir. Amor é beber o chocolate quente sem se preocupar com o conteúdo calórico. Amor é acariciar o cão de um estranho na rua. Amor é escrever as palavras. É cantar a música. É se mover e ficar parado. O amor é surpreender as pessoas. O amor é tranquilizar as pessoas. Amor é surpreender-se, tranquilizar-se.
O amor não é algo que temos. O amor é algo que aprendemos a nos tornar.
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Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: Thought Catalog