O amor é o que sobra quando o ego enjoou de brincar…

Constantemente me perguntam: “O que é o amor para você?”

Eu digo que o amor é sobra, resto. O amor é o que sobra, quando o ego enjoou de brincar, quando a serventia acabou.

O amor é o que fica quando todo o resto deixa de existir. Quando os amigos vão embora, quando as luzes se acendem, quando acaba a festa.

O amor resta…

Resta quando a idolatria cedeu lugar à realidade, quando a beleza envelheceu e acabou a vaidade…

O amor é a sobra de todos os anos vividos juntos, mesmo quando não se está mais junto, o amor é aquele querer bem.

É o que fica quando a alma se despe, quando as palavras faltam…, quando todo o tempo já não é mais suficiente.

O amor é o silêncio depois da briga, são os olhos que se procuram na penumbra…, os pés frios que insistem em se tocar.

O amor é a sobra das fantasias, quando o entusiasmo cede lugar à rotina, quando nossos medos saem de trás da cortina.

O amor é luz acesa na hora H, é olho no olho, é o que sobra, quando se mata o desejo. É o suspirar.

E se embalar no peito do outro, com o sobe e desce da respiração.

Amor é aquilo que sobra quando se desmorona a idealização. Se não lhe sobra, é porque foi tudo, menos… amor.

“O ego é dotado de um poder, de uma força criativa, conquista tardia da humanidade, a que chamamos vontade.” (Carl Jung)

“O ego certamente é uma ilusão. A incerteza é a base da vida.” (Deepak Chopra)

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Bruna Stamato
"Escritora. Autora do livro "Nunca quis um marido sempre quis um companheiro". Mãe. Mulher. Geminiana e uma eterna sonhadora." Siga-a em: @brunastamato - E-mail: [email protected]

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